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Senadores de MT votam favoráveis à proposta do teto de gastos do governo

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Os três senadores de Mato Grosso – Wellington Fagundes (PR), José Medeiros (PSD) e Cidinho Santos (PR) – fazem parte dos 61 votos favoráveis à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece teto para os gastos públicos nos próximos 20 anos. O texto-base da matéria foi aprovado em primeiro turno no Senado Federal, ontem à noite. Foram 14 senadores contrários.

De acordo com informações da Agência Senado, houve análise de destaques apresentados pela oposição para fazer mudanças no texto, porém, todos foram rejeitados. Caso algum fosse acatado, a matéria deveria retornar para a Câmara dos Deputados e ser votado novamente. Um trâmite que atrasaria os planos do governo federal que pretende aprovar a matéria ainda este ano. A votação em segundo turno da PEC do Teto de Gastos está programada para 13 de dezembro.

De acordo com o texto aprovado, a partir de 2018 e pelos próximos 20 anos, os gastos federais só poderão aumentar de acordo com a inflação acumulada conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O novo regime fiscal valerá para os orçamentos Fiscal e da Seguridade Social e para todos os órgãos e poderes da República.

Dentro de um mesmo poder, haverá limites por órgão. Existirão, por exemplo, limites individualizados para tribunais, Conselho Nacional de Justiça, Senado, Câmara, Tribunal de Contas da União (TCU), Ministério Público da União, Conselho Nacional do Ministério Público e Defensoria Pública da União.

O órgão que desrespeitar seu teto ficará impedido de, no ano seguinte, dar aumento salarial, contratar pessoal, criar novas despesas ou conceder incentivos fiscais, no caso do Executivo.

A partir do décimo ano, o presidente da República poderá rever o critério uma vez a cada mandato presidencial, enviando um projeto de lei complementar ao Congresso Nacional.

A inflação a ser considerada para o cálculo dos gastos será a medida nos últimos 12 meses, até junho do ano anterior. Assim, em 2018, por exemplo, a inflação usada será a medida entre julho de 2016 e junho de 2017.

Para o primeiro ano de vigência da PEC, que é 2017, o teto será definido com base na despesa primária paga em 2016 (incluídos os restos a pagar), com a correção de 7,2%, que é a inflação prevista para este ano.

Algumas despesas não vão ficar sujeitas ao teto. É o caso das transferências de recursos da União para estados e municípios. Também escapam gastos para realização de eleições e verbas para o Fundeb.

Saúde e educação também terão tratamento diferenciado. Esses dois pontos vêm gerando embates entre governistas e oposição desde que a PEC foi anunciada pelo presidente Michel Temer. Para 2017, a saúde terá 15% da Receita Corrente Líquida, que é o somatório arrecadado pelo governo, deduzido das transferências obrigatórias previstas na Constituição.

A educação, por sua vez, ficará com 18% da arrecadação de impostos. A partir de 2018, as duas áreas passarão a seguir o critério da inflação (IPCA).

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