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Taques descarta crise entre poderes por conta do atraso no duodécimo

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 Após o governo do Estado informar o atraso no duodécimo aos demais Poderes, o governador Pedro Taques (PSDB) afirmou que não acredita em crise entre as instituições. O repasse, que deveria acontecer no próximo dia 26, é referente à quarta parte mensal do duodécimo. A falta de envio do dinheiro preocupa alguns presidentes de Poderes, que temem o possível atraso de salário sem o recurso.

“Eu converso com o presidente do TCE, presidente do Tribunal de Justiça, com o Procurador-geral do Estado todos os dias. Todos eles estão sabendo há mais de seis meses sobre a crise. Temos diálogo e não existe crise alguma entre os Poderes”.

A justificativa para o adiamento do pagamento está na crise financeira, que tem afetado fortemente os cofres públicos, fazendo com que não haja dinheiro suficiente. O adiamento se dará com a quarta parcela, que é usada para o pagamento de pessoal dos Poderes e estimada em cerca de R$ 122 milhões.

O governador afirmou que deve estar em Brasília durante a semana para se reunir com o presidente da República, Michel Temer (PMDB), e os outros 26 governadores em busca de mais recursos para o Estado. Segundo informações divulgadas pelo jornal Folha de S. Paulo, o presidente sinalizou a possibilidade de adiantar a próxima fase da repatriação caso os governadores desistam da disputa no Supremo Tribunal Federal para receber a multa referente aos recursos mantidos ilegalmente no exterior. Taques, por sua vez, se colocou contra essa possibilidade, mas afirmou que pretende conversar com os demais governadores para que entrem em um consenso.

“Particularmente eu sou contra abrir mão desse multa, mas é uma ação conjunta e qualquer decisão será tomada entre todos. Nós temos uma reunião (hoje) com 27 governadores, para tratar especificamente dessa situação que é a multa. Nesse momento de crise precisamos estar juntos. Os governadores tem um fórum e todas as medidas serão tomadas em conjunto. Precisamos do dinheiro da repatriação e do FEX para colocar o Estado em ordem, é um dinheiro de muita utilidade e que faz falta não para mim, mas sim para a população que precisa de atendimento de qualidade”.

Os Estados têm direito a receber R$ 4,9 bilhões, levando em conta o montante declarado até 27 de outubro. Entretanto, considerando a multa, o valor chega a R$ 9,8 bilhões. Com o dinheiro, o Governo de Mato Grosso deve regularizar a situação dos Hospitais Regionais como já havia anunciado.

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