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Ex-secretário estadual ‘pegou’ R$ 149 mil usando conta do irmão, aponta relatório policial

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 Um relatório da Polícia Civil relacionado às investigações da 4ª fase da operação Sodoma indicam que o ex-secretário de Estado de Fazenda, Marcel de Cursi, usou as contas bancárias de um dos seus irmãos para receber parte da propina de R$ 606,7 mil.

De acordo com as investigações, o ex-secretário recebeu essa quantia após auxiliar o grupo político chefiado pelo governador Silval Barbosa (PMDB) a desviar R$ 15,857 milhões dos cofres públicos por meio de uma fraude no processo do pagamento de desapropriação do terreno do bairro Jardim Liberdade I.

A revelação de que Marcel de Cursi direcionou até R$ 149,9 mil a uma conta bancária de um dos seus irmãos foi feita pelo empresário Filinto Muller Coutinho, que firmou termo de colaboração premiada com o Ministério Público Estadual (MPE) para contribuir com a Justiça em troca de redução ou até mesmo extinção da pena no processo criminal.

“O colaborador Filinto Muller cita no interrogatório que com o passar do tempo ficou sabendo que alguns dos valores a título de propina cabíveis ao ex-secretário Marcel Souza de Cursi seriam pagos através da conta do seu irmão, Helder Antônio Souza de Cursi”, diz um dos trechos.

Por conta disso, uma nova linha de investigação foi aberta pela Polícia Civil. Na segunda fase da operação Sodoma, foi expedido um mandado de prisão contra Marcel de Cursi pela suspeita de utilizar uma empresa de fachada registrada em nome de sua esposa, Marnie de Cursi, que teria movimentado até R$ 3,5 milhões oriundos de propina.

Entretanto, esse mandado de prisão foi revogado. Atualmente, Marcel de Cursi está preso preventivamente pela suspeita de ser um dos beneficiários do esquema de desvio de dinheiro público do bairro Jardim Liberdade I.

No depoimento, o empresário Filinto Muller declarou que destinou sete cheques no valor de R$ 149,9 mil ao ex-secretário Marcel de Cursi. Todos os cheques foram entregues ao procurador aposentado do Estado, Francisco Gomes de Andrade Lima, o Chico Lima, que por sua vez remeteria a Marcel de Cursi.

“Chico Lima afirmou que tais cheques seriam destinados ao secretário de finanças Marcel de Cursi e que seriam depositados na conta do irmão de Marcel de Cursi em São Paulo, sem, contudo, dizer o nome de tal pessoa”, completa o relatório.

As investigações da Polícia Civil ainda levanta a suspeita de que Marcel de Cursi, a exemplo do ex-secretário Pedro Nadaf, lavou dinheiro de propina com a aquisição de barras de ouro.

Essas transações foram reveladas pelo ex-presidente da Companhia Mato-grossense de Mineração, João Justino Paes de Barros, que confirmou a compra de ouro a Pedro Nadaf sempre que viajava ao município de Peixoto de Azevedo. Nadaf, por sua vez, entregou parte do ouro adquirido a Marcel de Cursi.

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