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Janete Riva diz que foi induzida ao erro esquema de R$ 62 milhões na Assembleia

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Janete Riva iniciou seu depoimento à juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Arruda, dizendo que há algum tempo ela diria que a denúncia seria falsa, mas hoje, depois que seu esposo José Riva confirmou a participação em esquemas de corrupção na Assembleia, ela não pode garantir nada. Ela atestou que sua conduta sempre foi de boa fé e que estava cercada de pessoas de confiança.

A denúncia do Ministério Público Estadual aponta que ela e mais 12 pessoas estariam envolvidas em um esquema de desvios de recursos da Assembleia por meio de compras de materiais de escritórios. A juíza perguntou se Janete integrou uma organização criminosa e ela respondeu que “em momento algum”. Contra Janete, pesa acusação de ter praticado desvio de recursos por duas vezes. Ela explica que na época estava lotada no cargo de setor de Recursos Humanos.

“Minha missão maior estava dentro do RH”, disse Janete depois que aceitou ser nomeada como secretária de Patrimônio, mas para chefiar o setor de Recursos Humanos. Ela diz que pode ter sido induzida ao erro. “Mas não conscientemente, mas não participando de organização”.

Janete disse ao promotor Marcos Bulhões que nunca atestou qualquer recebimento de mercadorias. Ele cita trechos da denúncia onde constam detalhes de alguns fornecimentos milionários de materiais de expediente e que aparece o nome dela com a pessoa que atestou o recebimento. "Eu não me lembro desses fatos com detalhes", disse ela ao explicar que conferia o que constavam nas notas, via que estava ok e liberava”.

Janete Riva voltou a reafirmar que se houve esquema de corrupção e desvio de dinheiro envolvendo a entrega de mercadorias, ela não tinha conhecimento. Também disse que acabou envolvida em algum episódio desse foi sem ter conhecimento e por ter sido induzida ao erro em virtude do cargo que estava lotada. "As empresa que ouvi falar são os nomes que estão aqui no processo. Não conhecia nenhuma dessas empresas”.

Ela confirmou que as mercadorias costumavam ser encaminhadas ao almoxarifado enquanto as notas depois de checadas pela gerência, iam para a mesa dela e do secretário geral. Ela checava as notas e confiava no que repassavam a ela.

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