A assessoria de imprensa do deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) emitiu nota esclarecendo que o mesmo compareceu espontaneamente à sede da Superintendência da Polícia Federal em Cuiabá, esta manhã. Por conta deste episódio, que o documento classifica com sérios indícios de viés político e com acusações infundadas, o parlamentar afirmou ter colocado a função de líder do governo à disposição de Pedro Taques para que não haja prejuízos à imagens do gestor estadual.
Até o momento do depoimento ele disse que desconhecia o teor do processo, cujo objeto seria a propina paga a servidores do Incra no ato da vistoria dos imóveis rurais, fato do qual nega qualquer envolvimento. “Teve seu nome envolvido nas investigações denominada Terra Prometida, mas as acusações caíram por terra após o próprio Incra e o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tapurah emitirem certidão/nota inocentando-o de possuir qualquer propriedade naquele referido assentamento”.
Ainda segundo a nota, seu nome foi envolvido na operação após a denúncia de um empresário que afirmou ter visto o deputado almoçando com o servidor do Incra e com lideranças políticas na cidade de Itanhangá, fato desmentido pelo parlamentar que afirmou ser pessoa pública e que está sempre presente no município, onde apoiou um grupo político oposto ao do referido empresário.
“O deputado questiona a idoneidade da ‘testemunha’, que está sendo investigada na operação Terra Prometida por comercializar lotes ilegais no P.A. Itanhangá, obtendo lucro de R$ 50 mil na transação, pontuando que, por se tratar de um comerciante, o mesmo não possui perfil para aquisição de lotes da Reforma Agrária”.
Quanto ao uso recorrente do seu nome por parceleiros e diversas lideranças políticas nos assentamentos Tapurah/ Itanhangá, o deputado estadual justifica que isso é comum em todo o Estado, uma vez que atua como coordenador da Frente Parlamentar de Regularização Fundiária da Assembleia Legislativa, no qual é procurado com frequência por pessoas que buscam agilidade nos processos de regularização fundiária junto ao Incra. Prova disso foi a promoção oficial, por parte do Legislativo Estadual, de duas audiências públicas em Itanhangá e diversas reuniões em Brasília com o presidente do Incra, deputados federais e senadores mato-grossenses;
“Por fim, afirma que continuará militando pela regularização fundiária em Mato Grosso, ainda que sua participação nessa área polêmica, burocrática e cercada de interesses financeiros e políticos – em detrimento da dignidade de milhares de famílias em condições de miserabilidade- acarrete novas dificuldades e acusações infundadas à sua imagem”.