Quatro cidades de Mato Grosso poderão ter eleições suplementares para o cargo de prefeito. Além de Torixoréu, que teve todos os candidatos disputando sub judice e com os votos são congelados pela Justiça Eleitoral, os candidatos mais votados de Alto Taquari, Mirassol D’Oeste e Primavera do Leste também tiveram seus votos computados como nulos. Nesse caso, a nova legislação eleitoral prevê a necessidade de convocar novas eleições.
Em outros dez municípios também houve candidatos ao cargo majoritário disputando sob judice, mas nesses casos eles não foram os mais votados. São eles: Cáceres, Carlinda, Colniza, Conquista D’Oeste, Diamantino, Lucas do Rio Verde, Paranatinga, Poxoréu, Rosário Oeste e Santo Afonso.
O caso mais icônico ocorreu em Torixoréu, onde os dois candidatos que disputavam o cargo para prefeito – Inês Coelho (PP) e Silvio Figueiredo (PSDB) – tiveram seus registros de candidaturas indeferidos pela Justiça Eleitoral. De acordo com informações da assessoria de imprensa do TRE-MT, o imbróglio não acontecerá apenas neste município, uma vez que a nova lei eleitoral não permite que o cargo eletivo seja transferido para o segundo mais votado.
Em Mirassol D’Oeste, Elias Mendes Leal Filho recebeu 7.830 que estão ‘congelados’. Seu adversário Doutor Jefferson (PSDB) recebeu 6.121. Já em Primavera do Leste, Getúlio Viana (sub judice) conquistou 19.057, ao passo que Doutor Paulo (PMDB) recebeu 10.636. Em Alto Taquari, Lairto João Sperandio (DEM) sub judice – obteve 1.976 e seu adversário Vanderley Santeiro (PSDB) 1.690.
Nesse tipo de possibilidade, a Lei prevê que a vontade do eleitor não estaria sendo respeitada. Por conta disso, é necessário que hajam eleições suplementares para definir o candidato apto a ocupar as prefeituras. Os casos devem ser julgados pelo pleno do TRE-MT nesta semana, contudo, os recursos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) podem levar até três anos para transitarem em julgado. A assessoria de imprensa do TRE-MT explicou que o Tribunal dará posse aos vereadores, estes elegerão o presidente da Câmara, que ficará no comando do Executivo até que novas eleições para prefeito sejam realizadas.