Cento e noventa e três suspeitos de crimes eleitorais, sendo 37 candidatos, foram detidos e conduzidos às delegacias da Polícia Civil e da Polícia Federal durante as eleições municipais, ontem, em Mato Grosso. Do total, 113 acabaram autuados e presos em flagrante por ocorrências como prática de boca de urna, transporte ilegal de eleitores e compra de votos. Outros 80 suspeitos assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foram liberados.
Do total de candidatos conduzidos, 19 foram presos em flagrante em 12 cidades mato-grossenses. O município com o maior número de candidatos presos foi Campo Novo do Parecis com cinco casos. Considerando-se apenas as ocorrências envolvendo candidatos, a prática de boca de urna (16 casos) e a compra de votos (sete casos) foram as mais frequentes.
Entre os não-candidatos, a boca de urna (54 casos), a divulgação irregular de propaganda (13 casos) e a compra de votos (11 casos) representaram a maioria dos flagrantes.
O balanço considerou os números registrados pela Polícia Federal em suas seis delegacias e na superintendência em Cuiabá, além dos dados consolidados pelas delegacias da Polícia Civil em todo o Estado.
Como parte do plano de segurança, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) empregou um efetivo de 4.479 profissionais, entre policiais civis e militares, bombeiros e peritos da Politec, que atuaram nos 1.479 locais de votação em Mato Grosso.
A mobilização para a segurança da eleição também contou com o apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra), Grupo Especial de Fronteira (Gefron), Força Tática e do Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam).