A frustração voltou a tomar conta da torcida do Botafogo. Em jogo com fraco nível técnico, a equipe não saiu do 0 a 0 com o Cruzeiro neste domingo, no Nilton Santos, em noite marcada por vaias e protestos do início ao fim da partida válida pela 37ª rodada do Brasileirão no Nilton Santos.
Com o resultado, a equipe de Tiago Nunes foi a 64 pontos e caiu para a quinta colocação da competição nacional. A Raposa, por sua vez, foi a 46 pontos e se garantiu na Série A do Brasileiro em 2024.
Os botafoguenses se despedem do Campeonato Brasileiro na quarta-feira, contra o Internacional, às 21h30 (de Brasília), no Beira-Rio. A equipe celeste recebe o Palmeiras no mesmo dia e horário, no Mineirão.
A dificuldade para criar tornou o primeiro tempo morno. Pressionado pelas críticas da torcida e pelos maus resultados, o Botafogo apostava na velocidade para tentar ir à frente, mas se atrapalhava em sua afobação para concluir as jogadas.
As melhores oportunidades alvinegras vieram com Tiquinho Soares. Na primeira, o camisa 9 finalizou rente á trave. Na nova chance, Marlon Freitas cruzou, Tiquinho deu um giro e bateu, mas a bola parou em defesa de Rafael Cabral.
Enquanto isso, a Raposa tinha dificuldades para construir jogadas. A investida mais promissora saiu dos pés de Arthur Gomes. O camisa 19 aproveitou um atalho pela esquerda e avançou, obrigando Lucas Perri a se desdobrar.
O ritmo do jogo ficou acelerado na volta do intervalo. Logo a um minuto, Matheus Pereira se desvencilhou de um adversário e encheu o pé, obrigando Perri a saltar para defender. O atacante ainda tentou aproveitar a sobra, mas o goleiro alvinegro voltou a salvar.
Em seguida, o Alvinegro teve nova chance para se lançar à frente. Carlos Alberto abriu caminho e cruzou na medida para Luis Henrique. Porém, o camisa 11, livre de marcação, furou diante de Rafael Cabral.
A equipe de Paulo Autuori teve nova esperança quando Matheus Pereira recebeu bola, só que o atacante chutou sem direção. Os botafoguenses abuscavam de lançamentos e jogadas pelas pontas. A expectativa voltou a rondar o Nilton Santos quando Gabriel Pires cruzou e Carlos Alberto subiu, mas a cabeçada do atacante foi para fora.
Na reta final, o Botafogo partiu para o “abafa”, diante de um Cruzeiro fechado e à espera de um contra-ataque. À exceção de um cruzamento de Carlos Alberto no qual Rafael Cabral saiu para evitar a cabeçada de Diego Costa, os alvinegros pouco ameaçaram.
Irritada, a torcida alvinegra entoou gritos de “time sem vergonha” para a equipe de Tiago Nunes ao apito final. Do outro lado, o Cruzeiro respirava aliviado com o fato de se manter na elite do Brasileirão.