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Cuiabá: ex-presidente da câmara se cala em depoimento no fórum sobre golpes que passariam de R$ 500 milhões

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O ex-vereador por Cuiabá e advogado João Emanuel optou pelo direito constitucional de se manter calado, durante interrogatório junto a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), esta tarde. Mas antes de ser chamado, no saguão da delegacia, assegurou aos jornalistas que estava lá para colaborar e apresentaria documentos que mostram que apenas fazia assessoria jurídica para o grupo denunciado.

Acusado de estelionato, o advogado é apontado como o mentor de uma organização criminosa que fez vítimas em diversos pontos do país. Segundo a polícia, em razão do surgimento de novas vítimas o volume de dinheiro arrecadado pelos golpistas inicialmente de R$ 500 milhões deve ser muito maior. Segundo o delegado Diogo Santana de Souza, desde que a operação ‘Castelo de Areia’ foi deflagrada na sexta-feira (26), doze vítimas do bando já foram ouvidas, todas vindas da capital e do interior do Estado.

Mas após a divulgação na imprensa, de notícias envolvendo a empresa Soy Group, comandada por Emanuel, a GCCO não parou de receber ligações e denúncias de dezenas de novas vítimas que dizem ter sido lesadas pela empresa de fachada. Novos depoimentos serão agendados e, na maioria dos casos, estas vítimas que moram em locais distantes devem ser ouvidas via carta precatória, por autoridades policiais de suas regiões.

Depois de não fornecer qualquer informação, João Emanuel foi escoltado para seu apartamento, no bairro Bosque da Saúde, onde é mantido em prisão domiciliar.

Walter Dias Magalhães e Shirley Aparecida Matsucka, que também foram presos na operação e são sócios da empresa, responderam aos questionamentos, informou Santana. Em seguida, ele retornou ao Centro de Ressocialização de Cuiabá e ela para a Penitenciária Feminina Ana do Couto May.  O teor dos depoimentos não serão revelados, para não prejudicar as investigações, afirma o delelgado, que garante que todos os indícios apontam João Emanuel como líder do grupo.

Em um dos golpes, uma vítima afirma que o vice-presidente da empresa Soy Group, o advogado João Emanuel, teria utilizado um falso chinês para ludibriá-lo em um suposto investimento com parceria com a China, fazendo com que o investidor emitisse 40 folhas de cheque, que juntas somam o valor de R$ 50 milhões.

As ordens de prisão e buscas foram cumpridas em sedes da empresa de Cuiabá e Várzea Grande e na residência do casal, em Chapada dos Guimarães. O delegado Diogo Santana Souza á admite que a investigação é longa e não tem prazo para terminar. Grande volume de material foi apreendido nas empresas e passa por perícia.

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