O presidente do sindicato, Ilson Redivo, deve ser reeleito, hoje, encabeçando chapa única, para segundo mandato. O produtor João Marcos Bustamante é candidato a vice-presidente. A votação será das 8 às 17 horas, na sede da entidade. Redivo disse, ao Só Notícias, que uma de suas metas para sua nova gestão, é aumentar o número de associados. “Ano passado, o sindicato tinha 270 associados e este ano são 350, um aumento do quase 30%. Nossa preocupação é elevar ainda mais o número de associados, queremos trazer os produtores para dentro do sindicato. Isso a gente tem feito mostrando serviço de representatividade dentro da nossa classe junto aos órgãos competentes”.
O presidente também falou sobre uma demanda bastante forte, que estaria tirando o sono dos produtores, com relação à moratória da soja. “Nós vamos trabalhar muito forte neste tema. A moratória da soja é uma lista negra que surgiu por parte das empresas filiadas a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), colocando o produtor nesta lista, aquele que desmataram depois de 2008, mesmo que tenham feito desmate legal, e eles não estão adquirindo seus produtos, soja, milho, gado. Então, isso aí é uma atitude ilegal porque quando o produtor rural fez o seu desmate dentro do seu direito, com autorização dos órgãos competentes, ele agiu dentro da legalidade e as empresas não têm esse direito, esse poder de fazer esta restrição. Isto tem incomodado os produtores. Então, é um trabalho que a gente vai fazer, tentando achar caminhos para eliminar este tipo de restrição por parte das empresas que afetam a produção da nossa região”.
Redivo apontou ainda outros desafios “como a reforma tributária (que foi aprovada no Senado) e que vai impactar com toda certeza na renda do produtor porque a gente sabe que a carga tributária brasileira em vez de baixar, já é uma das mais altas, e com esta reforma tributária ela vai passar a ser uma das mais altas do mundo. E isso é muito preocupante. Quando o governo se preocupa só em arrecadar e não em cortar gastos, nós temos visto que neste atual governo que dobrou o número de ministérios e parece que a ‘farra do boi’ está estabelecida no governo federal, e que eles querem tirar do setor produtivo essa conta, esse gasto a mais que está sendo feito. É uma preocupação de todas as entidades, não somente do sindicato rural, porque esta reforma vai penalizar o bolso de todos os setores da sociedade”.
Redivo declarou que “queremos fortalecer cada vez mais o sindicato, só uma entidade em que você traga o produtor para dentro e ele participe das decisões, é que você faz a entidade ser forte. Eu acho que com envolvimento de ações com todos os setores da sociedade, com a Embrapa, parceria que temos também com a Polícia Militar, que resulta já desse controle no combate a criminalidade no campo, a gente também fez uma aproximação com a Universidade Federal de Mato Grosso porque a gente entende que só com educação, que você vai conseguir melhorar esse país, e nós temos que ser parceiros destas entidades que atuem diretamente na formação de jovens que vão atuar futuramente no campo, nas áreas agrárias”, finalizou.
A futura diretoria do Sindicato Rural de Sinop, que exercerá mandato até janeiro de 2026, também terá Bárbara Fortuna Silva como primeira tesoureira, Luciane Maciel Winter, segunda tesoureira, Mario Bacha Bustamante, primeiro secretário, Liana Zancanaro Galina como segunda secretária. Célio Lauri Riffel, Raul Pruinelli, Rogério Luiz Rodrigues farão parte do conselho fiscal. Evandro André Pellenz, Albino Galvan Neto e Miriam Zuanazzi serão suplentes do conselho fiscal.
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