A Comissão Parlamentar de Inquérito da Sonegação Fiscal dará continuidade na próxima semana às oitivas relacionada às cooperativas em Mato Grosso. Conforme a programação, na terça-feira (12), os deputados colhem o depoimento de diretores da Cooperativa Agroindustrial de Mato Grosso (Cooamat), Roberto Bortoncello e Donato Cechinel.
Os membros da CPI vão ouvir na quarta-feira (13), o ex-cooperado da Cooamat, Saul Lourenço, e também, no mesmo dia, o diretor José Vengrus. Além deles, a grande expectativa, é o depoimento do empresário Eraí Maggi, que prestará informações no dia 14.
O presidente da CPI, deputado José Carlos do Pátio (SD), suspeita que os diretores das cooperativas tenham utilizado as instituições para dar benefícios de isenção fiscal aos grandes grupos agropecuários. “As cooperativas estão sendo utilizadas de maneira incorreta”.
Pátio ressalta que é preciso que haja uma fiscalização às cooperativas de grãos. “Essas cooperativas têm grandes incentivos de impostos, mas não vem cumprindo seu papel. A CPI apontou diversas irregularidades nesse ramo, porém para que isso aconteça temos que implantar ferramentas especializadas”, destacou.
A CPI da Renúncia e Sonegação Fiscal foi dividida em três sub-relatorias: incentivos fiscais, regime especial e cooperativa. Sendo assim, a comissão entra na reta final e, com o fim dos depoimentos, os relatores vão elaborar o documento final com os encaminhamentos sobre a investigação feita pelos deputados. O deputado Emanuel Pinheiro (PMDB) é o relator desta fase de instrução.