O delegado de Polícia Civil em Sorriso, Eugênio Rudy, afirmou, há pouco, em entrevista coletiva, que a 3ª fase da operação Recovery, iniciada hoje, resultou no sequestro de R$ 2,2 milhões em bens de 10 integrantes do grupo criminoso investigado por tráfico de drogas, homicídios qualificados praticados no município, Foram 56 mandados de prisões, 84 de buscas e apreensões e quatro internações de adolescentes. “Esse grupo criminoso, no período de aproximadamente três meses, movimentou (R$ 2,2 milhões) aqui em Sorriso. A cifra já demonstra o valor que esse grupo movimentava mensalmente aqui, em razão pela qual havia e há essa disputa pelo espaço territorial”, afirmou.
“A Polícia Civil deixa muito claro com as operações desencadeadas que não vamos permitir essas condutas aqui em Sorriso. Essas operações trazem resultados imediatos, como foi a operação Recovery 1, na qual nós ficamos 40 dias sem que tenha havido homicídios. Depois disso houve uma redução drástica e é isso que esperamos. A operação foi interestadual porque cumprimos mandados em sete municípios de Mato Grosso e também no Rio de Janeiro, o vínculo que esse grupo possuí é diretamente com o Estado do Rio de Janeiro, lá se homiziam, se escondem e ocultam diversas lideranças, muitas das quais até presas já estão, assim como também em Cuiabá”, declarou o delegado.
“Agora continuaremos com os levantamentos para que possamos cumprir oportunamente (os demais mandados). É importante dizer que a partir do momento em que temos ordens em mãos, juntamente com outras polícias civis que formam a segurança pública, qualquer uma delas pode cumprir esses mandados. Essa pessoa fica foragida e. com isso, geralmente ela se afasta do município de culpa”, acrescentou.
A investigação também identificou a comunicação de líderes da organização criminosas, segundo o delegado Bruno França. “O alto escalão do crime organizado ainda não se alterou, um curto espaço de tempo, como foi dito pelo Eugênio, infelizmente essas pessoas possuem acesso de comunicação em tempo real com os criminosos lá de fora e quase a totalidade dos líderes que foram presos na primeira e segunda fase também foram presos na terceira, de forma que a gente acredita que, agora, pelo menos do ponto de vista processual, estão esterilizados. Se a gente conseguir impedir a comunicação desses criminosos com os que estão do lado de fora do presídio, a gente vai ter um resultado muito mais efetivo. Agora, do ponto de vista processual, a gente não acredita que essas pessoas voltem a ter liberdade tão cedo porque são muitos mandados de prisão por muitos crimes diferentes, de várias operações diferentes da Polícia Civil”, afirmou.
O delegado regional de Polícia Civil, Carlos Eduardo Muniz, destacou o efetivo policial, no qual contou com cerca de 500 policiais. “É um esforço e custo altíssimo, mas que a diretoria da Polícia Civil bem como a secretaria de Segurança Pública entendeu que era necessário e Sorriso merecesse uma operação desse porte”.
O delegado-geral Adjunto da Polícia Civil de Mato Grosso, Rodrigo Bastos da Silva, reforçou que, com a operação os índices de criminalidade em Sorriso e região devem cair. “Isso mostra a força do Estado contra as organizações criminosas, união da Polícia Civil em uma operação grandiosa que efetivamente vai ajudar desarticular essas organizações que atuam na região e vai contribuir para diminuição de índices de criminalidades. Vamos colher o fruto dessa grande operação por um grande período aqui em Sorriso”, concluiu.
Além de Sorriso, os mandados estão sendo cumpridos em Ipiranga do Norte, Itanhangá, Lucas do Rio Verde, Rondonópolis, Cuiabá, Várzea Grande e nas cidades do Rio de Janeiro e Cabo Frio (RJ).
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