A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, indeferiu um pedido protocolado pela defesa do ex-secretário estadual de Fazenda, Marcel de Cursi, que pretendia colocar em sigilo a ação penal decorrente da operação Sodoma. O advogado do ex-secretário, Roberto Tardelli, afirmou que a medida era necessária para resguardar informações e evitar casos como o do sequestro e agressão à esposa de Cursi.
Segundo o MidiaNews, na visão da juíza, os fatos mostram que a imprensa e as informações contidas na ação não foram as únicas fontes de informação dos bandidos que sequestraram a esposa do ex-secretário. “Afinal, segundo ela, sabiam da existência de sua irmã e de sua mãe e sabiam que ambas residem no Jardim das Américas. Os meliantes também falaram sobre o filho da vítima e chegaram a dizer que sabiam que a vítima fala três línguas. Ora, a existência de mãe, irmã e filho, o local onde elas residem e a habilidade com idiomas da vítima certamente não foram tratados neste processo”.
A empresária Marnie de Almeida, esposa de Cursi, foi sequestrada e agredida no mês passado. Ela relatou que criminosos exigiram que ela entregasse R$ 7 milhões a eles, dinheiro que teria sido citado na ação e em notícias na mídia.
Cursi está preso desde setembro do ano passado acusado de ser um dos operadores de um suposto esquema criminoso que exigia propina para conceder benefícios fiscais a empresas. O caso foi denunciado pelo empresário João Batista Rosa, que afirmou ter pago mais de R$ 2 milhões em propina.
Por este caso, também estão presos o ex-governador Silval Barbosa e o ex-secretário estadual de Indústria e Comércio, Pedro Nadaf.