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Sinop: CPI dos Frigoríficos aponta que há possibilidade da reabertura de unidades; assista

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O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Frigoríficos, da Assembleia de Mato Grosso, Ondanir Bortolini, Nininho (PSD), declarou, na Câmara de Sinop, que ainda é prematura qualquer conclusão sobre   o fechamento de plantas frigoríficas, no Estado, nos últimos anos. No entanto, em entrevista ao Só Notícias, não descartou que a grande concessão de recursos públicos a grupos únicos pode ter afetado as pequenas empresas, no tocante à concorrência. “Estamos fazendo as oitivas para isso, para saber o que causou o fechamento e os apontamentos devem ser feitos no relatório”, declarou. Ele conduziu a reunião da CPI onde foram colhidos depoimentos de testemunhas que relataram impactos na economia e outros fatores com fechamentos de frigoríficos – em Cuiabá, há vários meses, já foram ouvidos donos de frigoríficos e representantes do governo.

O presidente do Sindicato dos Frigoríficos de Mato Grosso (Sindifrigo), Luiz Antônio Freitas Martins, foi o primeiro a depor como representante de Fátima Maria Martins Queiróz, convocada para esclarecer sobre uma empresa de comércio carnes e que justificou ausência por motivos de saúde. A empresa funcionava em Matupá, logo após ser adquirida por um grupo que atua no setor de carnes.

O empresário Pedro Luiz Bellicanta, representante de unidades frigoríficas, explicou aos deputados da CPI questões relacionadas a sua empresa que tem três plantas: uma em Sinop, que desde 2015 só faz a desossa de carne; outra em Matupá, que está ativa no abate; e a terceira em Nova Canaã do Norte, atuando com abate e desossa. “Além disso, temos uma planta em Rondônia que está fechada. Diante das dificuldades financeiras por conta, principalmente, da redução da capacidade da planta de Sinop, que arrendei em 2014 da minha própria família a partir da empresa Nortão. Hoje, a planta  está paralisada e a unidade voltou a ser da Vale Grande”, explicou Pedro.

Em Sinop, por exemplo, há duas unidades frigoríficas que abatem gado. Em uma, o abate chega a 400 cabeças por dia, diante da capacidade de 600. Na outra, é feito apenas o trabalho de desossa. Estima-se que no setor, 600 empregos deixaram de existir nos últimos meses. "Quem perde é a cidade com o fechamento de unidades. Infelizmente, empregos deixam de ser gerados. E o dever da Comissão é esse, apurar o que causou os fechamentos”, disse o prefeito Juarez Costa (PMDB), na condição de testemunha.

O relator da comissão, José Domingos Fraga (PSD), afirmou que a região Norte se diferencia pela concentração da produção de grãos, que também serve de alimento para o gado, e afirmou que há possibilidade da reabertura de algumas plantas no Estado.  “Pelo que foi apurado, realmente algumas plantas têm condições de reabrir”, disse, sem entrar em detalhes, que devem ser apontados no relatório final, a ser concluído nos próximo meses.

Membro da Comissão, o deputado Pedro Satélite (PSD), afirmou que foram recebidas denúncias de unidades que tiveram recursos públicos e estão paradas. Informações que estão sendo apuradas “para que os responsáveis sejam penalizados. O relatório está sendo elaborado e será enviado ao Ministério Público, além de outros órgãos, para as providências necessárias”.

As oitivas da comissão vão ser realizadas, nesta 6ª em Alta Floresta, na Câmara de Vereadores.

(Atualizada às 08:35h em 8/7)

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