O Ministério Público Federal abriu inquérito para apurar eventuais atos de improbidade administrativa cometidos por servidores públicos estaduais, entre os dias 3 e 4 de dezembro de 2014, no final do governo de Silval Barbosa. A portaria assinada pelo Procurador da República, Marco Antonio Ghannage Barbosa, aponta que segundo o FIPLAN (Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças do Estado), foram movimentados, nesse curto espaço de tempo, cerca de R$ 4 bilhões, “sem que, contudo e a priori, tivesse justificativa para tal”.
Com a abertura do inquérito, o MPF tem mais abrangência nas ações para apurar os fatos, que já eram vistos em procedimento preparatório. Em despacho, quando da notícia fato, Só Notícias apurou que à princípio, o procurador vislumbrou que “o montante movimentado é de responsabilidade do Governo do Estado, visto que se trata de orçamento destinado às suas Secretarias. Entretanto, pelo montante envolvido, pode existir recurso público federal”.
O MPF destacou que as investigações tiveram início a partir de matéria veiculada pelo jornal Circuito Mato Grosso, que apontou redução dos números poucos dias depois, mas ainda assim com movimentação expressiva. É destacado que à época, um analista Planejamento da Seplan, informou que o site da transparência estava com problemas nos últimos 15 dias e que os valores poderiam estar alterados por problemas na hora de carregar os dados.
A oficialidade dos valores, no entanto, não foi confirmada, conforme a reportagem. É destacado que a assessoria de imprensa à época foi procurada, mas não foi obtida resposta à respeito da movimentação.
O ex-governador está preso acusado de receber propina em troca de conceder incetivos fiscais para empresas. Semana passada, ele teve dois pedidos de liberdade negados – STF e Tribunal de Justiça.