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CPI aponta prejuízo de R$ 500 milhões nas obras da copa em Mato Grosso

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O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades nas Obras da Copa deve ser apresentado no final de agosto. A prorrogação do prazo para as investigações se deu pelo grande número de documentos para serem analisados pela equipe técnica para que o relatório seja elaborado. A dilação de tempo foi aprovada na última sessão ordinária. De acordo com dados iniciais, a CPI já aponta que os prejuízos aos cofres públicos devem atingir a marca de R$ 500 milhões nas 56 obras realizadas em Cuiabá e Várzea Grande.

O presidente da CPI, deputado Oscar Bezerra (PSB), explicou que houve um jogo de planilhas na elaboração dos contratos. “Eram colocados descontos em serviços que não foram executados e elevação de valores de 20% a 30% em outros itens, como o caso dos carros do VLT que estavam projetados no início do RDC em R$ 400 milhões e tiveram um acréscimo de 21% do valor da proposta, porque sabiam que este item ia ser pago, aí tinha que vir mais dinheiro. Já o item que sabiam que não seria executado estava com desconto de 32%. A condução de alguns processos licitatórios, inclusive da Arena, dá-se a entender que tinha um comprometimento a ser cumprido”, observou, ao insinuar a existência de propina para ex-gestores públicos.

Esta é a quarta prorrogação da CPI na Casa, em que a equipe técnica já recebeu e analisou 500 mil páginas de documentos onde as investigações possuem todas as informações referentes às obras da Arena Pantanal reunidas. Na lista das irregularidades sobre as quais se têm indícios estão práticas como a chamada “cobertura de licitação”, em que empresas participam da concorrência pública de forma fictícia; a oferta, por parte de empresas contratadas pelo governo, de descontos nos valores de serviços que sabidamente não seriam executados; bem como de que a contratação do Consórcio Santa Barbara/Mendes Júnior pode ter sido direcionada.

Sobre as investigações em torno do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), a CPI possui 13 mil páginas divididas em 60 volumes com informações acerca da licitação da obra, seus contratos, as medições e os processos judiciais que se originaram a partir de indícios de irregularidades levantados pelo Ministério Público.

Entre os dados que a equipe segue analisando está o relatório parcial da auditoria feita na obra pela empresa KPMG, contratada pelo governo do Estado após determinação da Justiça Federal. Recentemente o presidente da CPI orientou o governo a não pagar os R$ 20 milhões pela manutenção dos vagões que o Consórcio estava cobrando. “Não posso dar detalhes porque isso pode prejudicar a CPI, mas o governo pode cometer uma irregularidade se pagar por isso”.

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