PUBLICIDADE

‘Taques já sabe com quem pode contar’, avalia líder do governo

PUBLICIDADE

Passada a etapa da discussão sobre o pagamento do Reajuste Geral Anual (RGA) na Assembleia Legislativa, o líder do governo, deputado Wilson Santos (PSDB), pensa que a maior lição que o governador Pedro Taques (PSDB) tirou é saber claramente com quem pode contar dentro da casa e que agora é o momento de fortalecer a base governista.

“Taques furou a fila para ser governador. Está na vida política há apenas cinco anos. Está em um processo de construção de um grupo político e esse processo do RGA permite a construção definitiva deste grupo”, afirma o tucano, que complementa dizendo que o governador pode contar com 17 parlamentares e que a base não desprezará o apoio de nenhum deputado.

Fora a situação da RGA, Santos garante que o governo pode contar com os deputados Wancley Carvalho (PV) e Leonardo Albuquerque (PSD), mesmo votando contra o projeto. “Eles sempre estiveram 100% com o governo, exceto neste item do RGA. Eu tinha conhecimento da divergência dos votos deles. Isto foi tratado antecipadamente”, que afirma que a maioria da base pensa que essa abertura foi um erro, mas assume a responsabilidade.

Quanto ao resultado final da votação do projeto do governo para pagamento do RGA aprovado, cuja lei foi sancionada na data de hoje, o deputado afirma que os maiores vitoriosos foram os servidores.

“Eu me sinto tranquilo e acho que os servidores foram os grandes vitoriosos, em que pese não parecer. Ainda vai levar um tempo para a sociedade compreender a crise econômica que estamos vivendo. A União só deu 5,37% de reposição. 25 Estados não conseguiram dar nada, só o Paraná deu 10,3% porque meteu a mão na previdência. E Mato Grosso, 7,54%”, afirma, mesmo reconhecendo que o embate entre funcionalismo público e Estado não cessou.

Ao longo das duas semanas de reuniões, tentativas de negociações e votações de projeto de lei na casa legislativa, os ânimos esquentaram.

O líder do governo reconhece que houve entreveros entre deputados, entre lideranças sindicais, entre deputados e lideranças sindicais, e entre deputados e servidores que ocuparam as galerias da AL.

Entre os parlamentares, Wilson garante que as relações institucionais continuam normais. Entretanto, as relações entre deputados e servidores ficaram balançadas. Wilson se envolveu em uma confusão durante uma reunião de negociação com Oscarlino Alves, presidente do Sindicato dos Servidores da Saúde e do Meio Ambiente (Sisma-MT); o deputado Gilmar Fabris (PSD) também se indispôs com os servidores em plenário por ter feito gestos obscenos e proclamado palavrões.

“A Assembleia saiu de 35ºC e foi para 85ºC. Um líder de governo precisa ter paciência, ter capacidade de suportar pressão. E nesses 30 longos dias teve um momento em que perdi essa paciência, porque pensei que houve uma ofensa pessoal. Tive um escorregão com o Oscarlino, que é até parente meu, eu tenho um neto e é parente por parte da mãe. Isso não impediu de termos uma discussão ríspida, desnecessária. Mas, no dia seguinte, cumprimentei o Oscarlino, tenho feito essa mea-culpa publicamente”.

Por outro lado, o servidor afirma que não tem grau de parentesco algum com o deputado. “Parentesco é sangue, o que não tenho. Se tivesse, ele não teria me tratado daquele jeito. E não me pediu desculpa nenhuma”, afirma Oscarlino Alves. A assessoria jurídica do Sisma-MT vai processar o Wilson Santos por danos morais coletivo.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

PUBLICIDADE