Em reunião realizada, ontem, os vereadores de Cuiabá definiram que haverá eleição para presidente da câmara para mandato tampão até dezembro deste ano. A vaga no comando da Mesa Diretora foi aberta com o falecimento do vereador Júlio Pinheiro (PTB), ocorrido na última semana. O entendimento da maioria dos parlamentares é a de que o processo deverá obedecer o Regimento Interno da Casa, alterado no ano de 2014, a exemplo do que ocorreu com a renúncia do ex-vereador João Emanuel do comando do Legislativo.
Com o falecimento de Pinheiro, vítima de uma parada cardíaca aos 56 anos, os parlamentares demonstravam dúvidas acerca de como se daria a sucessão. Uma corrente pregava que o 1º vice-presidente, Haroldo Kuzai (SD), assumiria automaticamente o cargo deixado pelo petebista, enquanto que o seu posto seria ocupado pelo atual 2º vice, Toninho de Souza (PSD), como prevê a Constituição. No entanto, um outro grupo de parlamentares defendeu que a votação ocorresse apenas para o cargo vago, no caso o de presidente.
Após o encontro, prevaleceu o entendimento de que o rito a ser seguido deverá ser o mesmo usado na eleição de Pinheiro para suceder Emanuel, ou seja, com eleição apenas para o cargo atualmente vago. A proposta obedece o Regimento Interno da Casa, alterado em 2014 por meio de um projeto de lei do vereador Adevair Cabral (PSDB), que mudou as regras no preenchimento de cargos na Mesa Diretora em caso de renúncia ou vacância durante o transcorrer de um biênio.
Por conta disso, hoje, será lido em Plenário o atestado de óbito de Pinheiro, comprovando a vacância do cargo. Já na quinta-feira (30), o vereador Ricardo Saad (PSDB), por ser o mais velho entre os parlamentares, conduzirá o processo, concluído na mesma sessão ou no próximo dia 5 de julho, com a escolha do novo presidente, com mandato até 31 de dezembro deste ano. Ocupará a vaga de vereador o suplente Marcus Fabrício (PTB).
Além do consenso na forma de escolher o novo presidente, os vereadores teriam entrado em acordo para que Kuzai comande o Legislativo até o final do ano. Pesam a favor do parlamentar o perfil conciliador, discreto além do fato de que ele não disputará a reeleição em outubro deste ano. Para sua vaga na vice-presidência, o nome mais cotado é o de Faissal Calil (PSB), que possui os mesmos predicados de Haroldo e, a exemplo dele, não deverá enfrentar as urnas, conforme já anunciado pelo próprio parlamentar.