sexta-feira, 20/setembro/2024
PUBLICIDADE

Estudante de MT que desenvolveu cápsula biodegradável para auxiliar pequenos agricultores apresenta projeto em Brasília

PUBLICIDADE

A estudante Keli Daiane da Silva Dias, de 30 anos, da Escola Técnica Estadual de Tangará da Serra, desenvolveu uma cápsula biodegradável, com ação bioinseticida e adubo natural, para fortalecer a atuação dos pequenos produtores da região. O trabalho foi exposto na 20ª Semana Nacional da Ciência e Tecnologia, realizada no último dia 16.

Em 2022, Keli apresentou o projeto 2° Semana Nacional de Educação Profissional e Tecnológica, realizada em Brasília, o projeto já havia chamado atenção. Na ocasião, a pesquisadora conquistou o terceiro lugar na premiação, ao lado de trabalhos de Institutos e Universidades Federais. Entretanto, a caminhada de Keli no universo da pesquisa começou distante dos espaços acadêmicos.

A ideia de criar a cápsula surgiu quando a pesquisadora trabalhava limpando residências e observou a quantidade de resíduos orgânicos desperdiçados ao longo do dia. Conciliando o trabalho e o estudo, Keli aliou o problema percebido nas residências com a necessidade de desenvolver uma pesquisa para participar da Mostra Científicas da ETE. “Eu cheguei em casa à noite, depois do horário da escola, e comecei a pesquisar os benefícios da casca da laranja e do alho para a agricultura. Então fiz uma lista enorme das coisas que eram viáveis ou não. No outro dia de manhã cedo, eu cheguei (na escola) e falei que iria focar naquilo ali. Disse que queria levar esse trabalho para o meu projeto, e assim eu fiz”, contou Keli, através da assessoria.

O projeto ganhou o apoio da professora Francilene Cardoso Fortes, que percebeu o potencial de crescimento da ideia. A partir das pesquisas, Keli criou a cápsula biodegradável, o que a levou a conquistar o terceiro lugar na categoria inovação na Mostra promovida na ETE.

Com a conquista, a pesquisa passou a ganhar apoio de pequenos agricultores da região, que também abriram as portas para que o produto fosse testado. Segundo Keli, a coragem e a confiança no seu próprio trabalho fizeram com que ela chegasse até os primeiros produtores para realizar os testes.

“Peguei meu projeto e fui até um produtor com a cara e a coragem. Perguntei se ele me daria um canteiro, nem que fosse o pior dele, para que eu fizesse o teste de um produto que estava estudando. Ele me forneceu esse canteiro e depois de 3 dias me disse que realmente havia combatido a lagarta e as folhas novas estavam brotando com uma coloração diferente”, explicou a pesquisadora.

Naquele momento, a cápsula contava com 17 ingredientes. Atualmente, o produto conta com 10 elementos para atender demandas de custo-benefício dos produtores. A ação passou a apoiar pequenos produtores dando a destinação correta aos resíduos orgânicos.

Com o avanço da pesquisa, Keli passou a contar com uma bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapemat) e deixou de realizar serviços de limpeza, podendo se dedicar integralmente ao desenvolvimento do produto.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

UFMT encerra nesta 5ª inscrições em cursos; câmpus de Sinop e Cuiabá têm maior volume de vagas

Acaba, nesta quinta-feira, o prazo de inscrições para pessoas que...

Educação em Nova Mutum destinará kits escolares a mais de 15 escolas na rede municipal

A administração pública definirá processo licitatório, mediante pregão eletrônico,...

Unemat abre inscrições para três cursos de especialização on-line

A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) está...
PUBLICIDADE