O governo de Mato Grosso negou que haja a intenção de mudar o comando da Casa Civil. Ontem, tanto o Gabinete de Comunicação, quanto o titular do posto, Paulo Taques, afirmaram que não passa de boato a informação de que ocorreria a alteração, no bojo da reforma administrativa que vem sendo preparada pelo Executivo. O fato foi trazido com exclusividade pelo jornal A Gazeta, que reafirma e sustenta a veracidade da informação. Além da queda de Taques, a matéria trouxe a informação de que o secretário de Cidades, Eduardo Chiletto, seria substituído.
O secretário do Gabinete de Comunicação, Jean Campos, afirmou que a saída de Taques da Casa Civil não está em discussão e sequer foi cogitada. “Ele com certeza continuará”. A reforma pretendida pelo Executivo visa dar mais leveza ao Estado e faz parte do chamado pacto por Mato Grosso, que busca a redução da despesa pública, diante da crise econômica que levou União, Estados e municípios a registrarem queda na arrecadação.
Paulo Taques destacou que não foi comunicado pelo governador Pedro Taques (PSDB) sobre qualquer intenção de retirá-lo da pasta, que tem como uma de suas principais funções a interlocução do Executivo com os demais Poderes. “Um secretário só deixa o cargo de duas formas: ou pedindo demissão, ou sendo demitido. Comigo não aconteceu nenhuma das duas coisas. Trabalhei durante todo o dia e assim seguirei”.
Ao dizer que sua suposta saída não passa de boato, o chefe da Casa Civil questionou a origem da informação. “Gostaria de saber a quem interessa a minha saída do cargo. Ninguém cria uma coisa como essa à toa, sem motivo. Isso seria interessante saber”. Ele salientou ainda que trata este fato como algo comum na política. “Isso não é privilégio meu, ocorre desde que o mundo é mundo. Desde a Roma Antiga há casos de intrigas e maledicências”.
Sobre a reforma, Taques destacou que o novo desenho da administração de Mato Grosso encontra-se em fase final e será concluído entre o final desta semana e o início da próxima. Estão previstas extinções de pastas, gabinetes, fusões de secretarias e o fim de diversos fundos estaduais, até que se alcance a economia necessária. A matéria veiculada nesta quarta-feira dá conta ainda que servidores comissionados e em estágio probatório poderão ser demitidos.
Também cotado para deixar o secretariado, Chiletto se mostrou seguro e negou a intenção em deixar a Secretaria de Estado de Cidades (Secid). As principais críticas que pesam contra ele e que seriam motivo da demissão são a de não ser “político”. “Estou à disposição do governador e ele não disse em nenhum momento que estava insatisfeito com meu trabalho, viajando pelo Estado. Isso talvez esteja incomodando os deputados, que pensam que eu tenho algum tipo de aspiração política, que eu quero ser deputado federal, estadual ou senador, mas isso não me interessa. Quero é ser o melhor secretário que a Secid já teve. Recebo todos os dias os deputados, não tem um dia que não receba prefeitos, parlamentares, que inclusive, entram direto no meu gabinete, não esperam. Isso para mim é conversa fiada dizer que eu não atendo deputado”.