Dona de quatro medalhas pan-americanas, três delas de ouro, a mato-grossense Ana Sátila inicia hoje sua jornada na canoagem nos Jogos do Pan-Americano do Chile. Nascida em Primavera do Leste (234 quilômetros de Cuiabá), se mudou durante a adolescência para a base da seleção brasileira no Paraná, onde conseguiu sua primeira vaga olímpica. As provas começam nesta sexta-feira e vão até o próximo dia 4. A categoria de slalom, no qual Ana irá participar, serão realizadas no rio Aconcagua, em Los Andes.
“Estou honrada em representar mais uma vez o Brasil, mas sei que devo representar as cidades por onde concretizei minha carreira e minha história, que são as cidades de Iturama, onde nasci, Primavera do Leste, onde iniciei minha carreira na canoagem, Foz do Iguaçu, onde fiz parte do Centro Nacional e conquistei minha primeira vaga olímpica e decidi morar com minha família, e agora, também posso dizer que sou carioca, estou representando o Rio de Janeiro, o Centro Nacional em Botafogo. Então tenho uma galera para honrar nestes jogos”, disse, Ana, em entrevista para o site da Canoagem Brasileira.
Ana começou na canoagem aos nove anos, influenciada pelo pai, Cláudia Vargas. Após ir embora para o Paraná, a mãe, Márcia Vieira, não quis ficar longe da filha e foi contratada para trabalhar na pousada em que ficavam os atletas da seleção. Junto a ela, veio Omira, que se encantou ao ver a irmã três anos mais velha remando e também começou no esporte.
No mundial deste ano, Ana e Omira obtiveram uma vaga cada para o Brasil em Paris 2024, no C1 e no K1. Como os Comitês Olímpicos Nacionais têm autoridade exclusiva sobre a representação de seus respectivos países nos Jogos Olímpicos, a participação dos atletas nos Jogos de Paris depende de seus CONs selecioná-los para representar sua delegação em Paris 2024.