O deputado estadual Max Russi (PSB), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Ministério Público Estadual afirmou que já é detectável a falta de controle no pagamento e cálculos das cartas de crédito a membros do Ministério Público Estadual. As principais irregularidades foram detectadas após alguns servidores explicarem em depoimentos, que os registros da concessão das Cartas eram feitos a lápis, facilmente manipuláveis.
A CPI iniciou está semana uma auditoria in loco no MPE que deverá permanecer por cerca de 30 dias. ‘Definimos pela auditoria porque recebemos algumas informações e a nossa equipe não conseguiu com clareza ter uma resposta do MP, por isso fomos in loco buscar lá dentro documento que entendemos ser necessário‘, afirmou Max Russi.
O parlamentar, porém, afirmou que ainda não dá pra falar em fraude ou superfaturamento nos valores pagos, apesar de vultuosos. O assunto veio à tona em meio a Operação Ararath, que apura crimes de lavagem de dinheiro e tem o ex-secretário Eder Moraes no centro da investigação. “A CPI do MPE vai dar uma resposta à sociedade e à imprensa que cobra muito. É um trabalho técnico, sem muito alarde”.
O assunto veio à tona em meio a Operação Ararath, que apura crimes de lavagem de dinheiro e tem o ex-secretário Eder Moraes no centro da investigação. Há duas semanas, assim que foi solto, Eder entregou novos documentos à CPI, que ainda serão analisadas pela equipe técnica da comissão. O ex-secretário deverá ser chamado para prestar depoimento na comissão, porém mais ao final dos trabalho.
Os deputados solicitaram informações sobre a natureza do pagamento da Parcela Autônoma de Equivalência (PAE) e se foram incluídas na carta de crédito, a partir de quando e para quem foi o benefício. Na próxima semana, o procurador do Tribunal de Contas, Willian Brito, irá prestar depoimento sobre o parecer feito no julgamento da auditoria realizada pelo órgão referente às cartas de crédito.