O ex-secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto, está sendo ouvido na sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ele disse que foi convocado para prestar esclarecimentos sobre o esquema de cobrança de propina nas obras de reforma e construção de unidades escolares que vigorou na Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
Permínio disse ainda que irá colaborar com a justiça, pois não tem nada a esconder do poder público. "Eu não tinha conhecimento sobre a investigação e não sabia que o governo já havia feito a denúncia a Defaz".
No dia 3 deste mês, o Gaeco deflagrou a operação Rêmora para combater fraudes em licitações e contratos administrativos de construções e reformas de escolas que teriam ocorrido na Seduc. As irregularidades nos processos licitatórios teriam começado a ocorrer em outubro de 2015 e envolveu pelo menos 23 obras que custaram R$ 56 milhões.
O esquema envolveu três servidores da Seduc e 23 empresários da construção civil. O empresário Giovani Belatto Guizardi é apontado como a pessoa responsável por arrecadar a propina paga pelos empreiteiros. Após o pagamento por parte da Seduc aos empresários os valores (que eram 5% mas caíram para 3%) eram devolvidos a parte da organização criminosa por meio de Guizardi.