O governador Pedro Taques (PSDB) falou da terceirização de algumas áreas do Estado como saída para a crise econômica de Mato Grosso. A declaração foi dada nesta segunda-feira (9), durante a 1ª Semana Jurídica de 2016 do Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso (TRT-MT), em Cuiabá. Além disso, Taques revelou que não acredita que o país se recupere completamente em menos de uma década.
Para o gestor de Mato Grosso, o Estado dispõem de pouco dinheiro para múltiplas funções. “Imagine se eu quero tomar um suco de laranja lá no Palácio Paiaguás. Aí peço um servidor para comprar laranja, depois outro para descascar a fruta. Nós temos que possuir um liquidificador, se ele estragar teríamos que ter uma oficina única para consertar – lá a tampa some e mais gastos. Enfim, não é bem mais fácil ir no supermercado e comprar o suco pronto?”, argumentou o governador.
Para tanto, o tucano defendeu que o Estado reduza suas intervenções na sociedade e defina suas prioridades. “Algumas coisas o Estado não precisa fazer. Temos que pensar, qual é a principal função do Estado hoje? Acredito que seja distribuir justiça. Não temos como privatizar o TRT, por exemplo, ou segurança e saúde. Agora para outras áreas tem sim como fazer isso, pois o dinheiro é curto para o tanto de coisa que precisamos fazer”.
O governador disse que não acredita em uma saída da crise nestes próximos anos. “A União está quebrada. A partir do mês de agosto, se nada for feito, em setembro ela não terá dinheiro para pagar o SUS. Há muito tempo não se falava em atraso de pagamento no Executivo Federal. Os equívocos praticados nos últimos cinco anos, nós demoraremos uns dez anos para nos recuperar”.
“Se você combate uma crise com medidas anticíclicas, como a desoneração do IPI, por exemplo, você está dando um remédio emergencial, mas aquele que está precisando não está sendo formulado. Isso foi feito em 2013 e 2014 com vontades e causas eleitorais. Portanto, nós vamos demorar para sair dessa penúria. Não acredito que a União possa recuperar o prejuízo dos últimos cinco anos em 2016. Portanto amigos, apertem os cintos”.