PSDB divulgou nesta terça-feira, após reunião da Executiva Nacional do partido, em Brasília, uma carta com 15 pontos que deverão nortear o apoio da legenda a um possível governo do vice-presidente da República, Michel Temer. O documento, intitulado “Princípios e valores para um novo Brasil”, estabelece as condições do PSDB para apoiar o futuro governo. A primeira exige o combate irrestrito à corrupção e o apoio às investigações da Operação Lava Jato, garantindo independência à Polícia Federal e ao Ministério Público.
Também é cobrada a reforma política imediata, como uma das prioridades a imposição de cláusula de desempenho eleitoral mínimo para o funcionamento dos partidos políticos, além da adoção do voto distrital misto e do fim das coligações proporcionais; Renovação das práticas políticas e profissionalização do Estado devendo novo governo deve estar comprometido com o combate incessante ao fisiologismo e à ocupação do Estado por pessoas sem critérios de competência. Ministérios e cargos comissionados devem ser expressivamente reduzidos; Manutenção e qualificação dos programas sociais, com redução da desigualdade e promoção de oportunidades pois, numa situação de crise aguda como a atual, deve estar garantida a manutenção e a ampliação dos programas sociais que se direcionam para os segmentos mais vulneráveis e de menor renda da população, em especial o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, o Pronatec, o Fies e o Prouni. Dentre os outros pontos destacados na carta, está o combate a inflação.
A reunião foi entre o presidente nacional do partido, senador Aécio Neves, dos governadores tucanos – Beto Richa (PR), Geraldo Alckmin (SP), Pedro Taques (MT), Marconi Perillo (GO), Reinaldo Azambuja (MS) e Simão Jatene (PA), senadores e deputados.
Nos bastidores, as articulações apontam que o PSDB deve ficar com o Ministério das Cidades e o cotado é o deputado Bruno Araujo (PE) além de José Serra no Ministério das Relações Exteriores.
Assista a entrevista de Pedro Taques