A concessionária Águas de Sinop inicia, este mês, ação para detectar ligações indevidas à rede de esgoto, com o objetivo de evitar essa prática irregular, que causa uma série de problemas ao sistema sanitário, ao meio ambiente e à saúde pública. Serão dez bairros avaliados, sendo três até dezembro com notificações às moradias identificadas pela técnica do fumacê.
O trabalho começa dia 17 pelo Jardim Aurora. O próximo será o Daury Riva, de 24 de novembro a 9 de dezembro, em seguida o Monte Carlo, com ações de fumacê entre 29 de dezembro a 13 de janeiro e prosseguindo pelos bairros Belvedere, Vitória Regia, Jardim dos Ipês, Jardim Novo Estado, Jardim Europa, Carandá Bosque e Kaiabi.
A coordenadora regional da empresa, Dammylly Moniky Santiago, explica que o procedimento consiste na aplicação de uma fumaça não tóxica nas entradas dos poços de visitas, que dão acesso às tubulações, também conhecidos como Pvs. “Ao ser injetado, o produto percorre o caminho inverso ao do esgoto, apontando onde há ligação irregular, seja de rede seca ou na rede pluvial, por onde escoa a água da chuva às redes de esgoto”, detalhou.
As residências ou empresas identificadas com as interligações feitas na rede pública sem prévia autorização receberão uma notificação de irregularidade, baseada no decreto municipal 289/2014, que prevê autorização de execução exclusiva deste tipo de ligação à Águas de Sinop, devendo providenciar a imediata desconexão da rede e manter o lançamento por fonte alternativa, como fossa séptica ou outra compatível, até que o serviço de coleta e tratamento de esgoto esteja completo e liberado em sua região para interconexão autorizada com o seu imóvel.
A assessoria informa que a “concessionária adverte que, em hipótese alguma, as águas residuais devem ser destinadas às redes de drenagem pluvial ou diretamente em via pública, cabendo ressaltar que de acordo com a Lei Federal de Crimes Ambientais nº 9.605/1998 qualquer lançamento indevido de resíduos sólidos, líquidos ou substâncias oleosas em desacordo com as exigências estabelecidas, que possam resultar em poluição ambiental ou danos à saúde pública, serão punidos nos termos da legislação, incluindo penas restritivas de liberdade, conforme o caso”.
Além de notifica, a empresa apontará a necessidade de regularização e ainda advertirá que para novos casos de extravasamento de esgoto indevidos, identificados no mesmo imóvel, as autoridades públicas competentes serão comunicadas para que tomem as devidas providências de responsabilização.