O especialista em marketing político e ex-secretário estadual, Carlos Rayel, negou que tenha cometido irregularidades na prestação de serviços para o PMDB, no ano de 2010. A declaração foi dada após o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) reprovar as contas do partido e colocar a empresa Mídia Brasil Publicidade & Comunicações Ltda, de propriedade dos filhos do marqueteiro, na mira de investigações de improbidade administrativa. A decisão foi tomada por unanimidade pelos magistrados que analisaram o mérito da questão, nesta terça-feira (26).
Além disso, a Corte também penalizou o partido com a suspensão de repasses ao fundo partidário por seis meses e determinou a devolução dos recursos aplicados irregularmente. A negativa foi tomada após o presidente do partido, Carlos Bezerra, apresentar (por meio de uma peça recursal) novo pedido para tentar modificar a decisão proferida em Pleno em 2010.
Para Rayel, essa interpretação do TRE-MT é falha e não corresponde a realidade. “Minha empresa atua na área desde o ano de 1999 e está há quase duas décadas no mercado. O TRE não levou em conta que trabalhei com o PMDB, mas também com a campanha eleitoral de Silval Barbosa, que são duas coisas distintas. Eles ignoraram uma parte das informações e decidiram com a base de dados apenas do partido”.
A Justiça Eleitoral encontrou irregularidades nas contas do partido, dentre elas a que trata de gastos na ordem de R$ 120 mil com a empresa de Rayel, que atuou na campanha do ex-governador. A empresa teria sido contratada para a prestação de serviços de produção de propaganda partidária. Foram emitidas 12 notas fiscais no valor de R$ 10 mil cada, com numeração sequencial, o que fez o TRE presumir que a empresa tinha apenas o PMDB como cliente.