O presidente da CPI da Sonegação Fiscal, deputado José Carlos do Pátio (SD), afirmou que o rombo no fisco estadual pode ser muito maior do que o valor que já foi divulgado. A avaliação foi feita após o depoimento do sócio da empresa Miragrãos, Aldevino Aparecido Bissoli, na CPI da Sonegação Fiscal, ontem à tarde
Segundo o parlamentar, as duas empresas que estão em nome do empresário sonegaram em torno de R$ 120 milhões. Além disso, há suspeita que outras duas empresas dele, localizadas em Primavera do Leste e Lucas do Rio Verde, também tenham participado da fraude.
“Ele (Aldevino) entrou várias vezes em contradições durante a oitiva e realmente deixou os membros da CPI muito preocupados. Alguns momentos da reunião foram muito tensos”, comentou o deputado, sobre o depoimento do empresário que aconteceu a portas fechadas.
O deputado também destacou que as investigações mostram que existem várias empresas que integram uma quadrilha especializada em fraudar o fisco do Estado. De acordo com o parlamentar, esse ‘grupo’ é ligado às empresas de Soja, que as usam como ‘mula’ para cometerem a respectiva fraude. “Por conta desse esquema, essas empresas de Soja acabam não se envolvendo na fraude, deixando todos os ‘desgastes’ para as empresas ‘mulas’ assumirem”.
Ainda de acordo com o parlamentar, a CPI vai continuar trabalhando para combater toda a sonegação do fisco, no Estado. “Temos que mudar esse cenário de que Mato Grosso é considerado o maior produtor de soja, de rebanho bovino, algodão, mas tem o pior índice social. Sendo um Estado que não arrecada tudo aquilo que produz”.