A ministra do Tribunal Superior Eleitoral, Maria Thereza Moura, decidiu mandar para análise do Plenário os recursos da coligação Mato Grosso Melhor Pra Você, do governador Pedro Taques (PSDB) e também do senador José Medeiros (PSD), em que contestam a decisão dela de que o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE) deverá analisar e julgar o mérito de uma ação proposta pelo ex-deputado federal Carlos Abicalil (PT). O processo visa a anulação da chapa de Pedro Taques, nas eleições para senador, em 2010, por suposta fraude no registro da ata de candidatura. O despacho já foi divulgado, mas não há previsão de quando pode entrar na pauta.
O empresário sinopense Paulo Fiúza (SD) também briga na justiça para ser o primeiro suplente. A ação havia sido extinta pelo TRE, sem julgamento de mérito, por decisão do relator, desembargador José Luiz Balszak, que considerou que esta só seria cabível em casos de fraude durante o processo de votação, situação não enquadrada no recurso proposto pelo petista.
Na época, Abicalil, que também concorria ao Senado Federal, garantiu que ocorreram irregularidades na ata de composição da chapa de Taques. Isso porque Zeca Viana (PDT), que era 1º suplente, teria desistido para pleitear uma vaga na Assembleia Legislativa. Na oportunidade, após devida aprovação e formalização da ata, Fiúza passou a ser o 1º suplente. No entanto, esta ata de registro teria sido falsificada, segundo a denúncia, e o policial rodoviário José Medeiros apareceu como 1º suplente e Fiúza como 2º.
Nas eleições para senador, em 2010, Blairo Maggi (PR) foi o melhor colocado em Mato Grosso, com mais de um milhão de votos. Taques ficou em segundo, com 708 mil. Abicalil teve mais de 533 mil votos.