PUBLICIDADE

Folha salarial de Mato Grosso não fecha sem recebimento do FEX

PUBLICIDADE

O governo de Mato Grosso ainda não sabe como pagará as despesas do funcionalismo público neste mês. Isso porque a arrecadação estadual precisa buscar R$ 400 milhões até o dia 25. Todavia, enquanto a folha de pagamento já ultrapassou a cifra dos R$ 610 milhões (dados de abril), o restante do dinheiro (R$ 210 milhões) já está no caixa governamental, após o pagamento da primeira parcela do FEX. As informações foram confirmadas pelo Gabinete Estadual de Comunicação (Gcom).

Se abril já está complicado para fechar as contas, o cenário pode se agravar quando as parcelas do FEX terminarem. A última será paga no mês de junho. O Estado precisará arrecadar todo o montante para a quitação da folha de pagamento e, além disso, acrescentar os reajustes aprovados para alguns setores do funcionalismo neste mês. Segundo informou o secretário de Estado de Fazenda, Paulo Brustolin, há um valor acumulado de R$ 800 milhões referentes ao FEX de 2015 e 2016 – que seriam imprescindíveis para quitar essas despesas do Estado – que ainda não foi repassado.

Contudo, apenas R$ 421,2 milhões foram liberados pelo governo federal, divididos em três parcelas. Após esse período não há previsões de como o estado quitará a sua folha de pagamento. “Ao longo dos últimos cinco anos a despesa com pessoal cresceu 72%, sendo que a nossa receita cresceu apenas 49%. Senhores essa conta não fecha. Nós tivemos no final do ano de 2014, 12 planos de carreiras aprovados, o que somou R$ 400 milhões a mais para a gestão de Pedro Taques. Por conta disso estouramos o percentual da Lei de Responsabilidade Fiscal. Isso de deveu por um conjunto de fatores – dois deles preciso pontuar: o primeiro o não pagamento do FEX. Outro ponto foi que o governador aprovou os reajustes nos planos de carreira ao longo de 2015. Agora se infringirmos a LRF, quem será penalizado é o próprio estado”.

O tema foi abordado pelo governador Pedro Taques (PSDB) na reunião do Fórum Brasil Central, na última terça-feira (19). “Acredito que quando a crise política se imbrica numa crise econômica, o estado dispõem de um programa em dois espaços: o da receita e das despesas. Então, nós estamos no caminho de contenção, não tem como aumentar impostos neste momento, mas temos que reformular a complexidade do sistema tributário e os secretários de Fazenda estão aqui fazendo isso e no espaço da despesa, cortar ainda mais gastos o que já estamos fazendo desde o decreto 02”.

No entanto, Taques também disse que o poder público precisa cumprir com suas obrigações como gestor e propôs mais economia. “Você precisa cumprir com todas as obrigações típicas do Estado e todos os estados estão passando por dificuldades de pagar a folha em dia. É um dos desafios que nós estamos enfrentando cumprir com suas necessidades. Os gastos de continuidade não podemos cortar, mas os de custeio da máquina pode cortar: diminuir viagens, reduzir as obras que não são imprescindíveis, então são vários espaços que se pode cortar gastos”.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Projeto do voto impresso nas eleições avança na Câmara; 4 deputados de MT favoráveis

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou...

Ministro anuncia R$ 140 milhões para a agricultura familiar em Mato Grosso

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, fará...

Senador mato-grossense propõe semana para incentivar educação cidadã

O senador Jayme Campos (União-MT) apresentou um projeto de...

Juíza nega pedido e mantém diplomação do prefeito eleito de Sorriso

A juíza Emanuelle Navarro Mano negou, esta tarde, pedido...
PUBLICIDADE