O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, entregou há pouco a defesa da presidente Dilma Rousseff à Comissão Especial de Impeachment. Ele considera que o processo de impeachment é um processo jurídico", e não político, o que seria um erro e que o afastamento de um presidente só pode ocorrer com "pressupostos jurídicos claros" — o crime de responsabilidade, citou o ministro. De acordo com Cardozo, só a partir disso pode haver considerações políticas sobre o afastamento de um mandatário no regime presidencialista. O ministro repetiu discurso dos petistas que defendem Dilma. "A realização de um processo de impeachment sem base constitucional é um golpe, apesar de o impedimento estar previsto em lei".
O presidente da comissão, deputado Rogério Rosso (PSD-DF) não permitiu "interpelações ao ministro, que tão somente apresenta as considerações da defesa da presidente”.
Antes de Cardozo protocolar a defesa, houve duros ataques de aliados de Dilma contra o impechament. A oposição também reforçou posicionamento pelo afastamento da presidente. Leitão questionou que as pedaladas foram para garantir transferências de recursos para atender os programas sociais.
O deputado federal mato-grossense Nilson Leitão (PSDB), membro da comissão, disse que "Dilma cometeu sim cirmes de responsabilidade. Dos R$ 57 bilhões das pedaladas fiscais, R$ 1,5 bilhão foram para programas sociais, R$ 22 bilhões para BNDES. R$ 10 bilhões foram para o FGTS, R$ 12 bilhões para programas agrícolas. "Desviou tanto dinheiro, se roubou tanto, se gastou mal, PAC, Copa do Mundo que aí sim faltou dinheiro para pagar programas sociais e atender alguns compadrios através do BNDES. O que ocorreu é crime sim. Faltou boa gerência", disparou.
Leitão declarou ainda que o "impeachment vai ocorrer que a maior parte da população não aguetna mais o sofrimento, tanto desmandos, ataques a inteligência dos brasileiros que os petistas fazem".