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Taques exonera delegado suspeito de “vazar” informações

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O delegado Anderson Aparecido dos Anjos Garcia foi exonerado do cargo comissionado que ocupava como diretor-adjunto da Academia da Polícia Civil de Mato Grosso. O ato foi assinado pelo governador Pedro Taques (PSDB) e publicado no Diário Oficial do Estado. Ele, no entanto, continua sendo servidor público no cargo de delegado aposentado da Polícia Civil. Para o cargo foi nomeado Carlos Fernando da Cunha Costa.

Anderson Garcia, que já foi diretor-geral da Polícia Civil de Mato Grosso, foi nomeado no cargo em comissão no dia 8 de janeiro de 2015 já na gestão de Pedro Taques. O ato foi publicado no dia 13 de fevereiro do ano passado. Ele é suspeito de ter beneficiado o ex-secretário chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, com informações privilegiadas sobre investigações em andamento envolvendo o ex-gestor preso por corrupção em setembro de 2015 na Operação Sodoma, deflagrada pela Delegacia Fazendária (Defaz).

Pedro Nadaf teve o mandado de prisão preventiva decretado pela juíza Selma Rosane Santos Arruda, titular da 7ª Vara Criminal de Cuiabá no dia 14 de setembro e cumprida no dia seguinte. Porém, 12 dias antes, em 3 de setembro, o delegado Anderson Garcia ligou para Nadaf e ambos conversaram por 2 minutos e 21 segundos.

Na conversa, o delegado marcou um encontro com Nadaf na sede da Academia de Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso no período da tarde, no mesmo dia. Nadaf disse que iria ao encontro, mas com o aparelho celular desligado, o que poderia dificultar seu monitoramento.

A ligação passou a ser considerada como “suspeita” pela Polícia Civil já que Pedro Nadaf quando foi preso, já sabia do mandado de prisão expedido contra ele. No dia 11 de setembro o ex-secretário teria enviado uma mensagem para sua ex-esposa Geiziane Rodrigues Antelo dizendo que estava “acabado” e que teria recebido orientação de seu advogado para que fosse para o município de Chapada dos Guimarães (67 km ao norte de Cuiabá). Após a divulgação do caso a Corregedoria da Polícia Civil disse que instaurou um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) contra Anderson Garcia.

As interceptações telefônicas da Polícia Civil no celular de Nadaf também identificaram que ele conversou com a ex-servidora da Junta Comercial de Mato Grosso (Jucemat), Narjara de Barros, na manhã do dia 15 de setembro de 2015, antes de ser preso e avisou pelo aplicativo WhatsApp que algo de ruim poderia acontecer a ele em breve.

Ele foi apontado como um dos líderes de esquema, tem tese, chefiado pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) que lucrou R$ 2,6 milhões entre 2013 e 2014 através da cobrança de propina do empresário João Batista Rosa, dono do Grupo Tractor Parts, para que ele continuasse sendo beneficiado com incentivos fiscais através do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic).

Nadaf, que ainda não conseguiu revogar a prisão preventiva da Sodoma, foi alvo de uma nova prisão decretada na Operação Seven deflagrada no dia 1º de fevereiro deste ano para desmantelar um esquema com prejuízo de R$ 7 milhões aos cofres públicos envolvendo a compra em duplicidade de uma área localizada na região do Manso. Ele segue preso no Centro de Custódia de Cuiabá juntamente com Silval e o ex-secretário de Fazenda, Marcel Souza de Cursi, também acusado de integrar a organização criminosa.

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