O senador Blairo Maggi disse, nesta 2ª à tarde, em discurso no Senado, que não há golpe no julgamento de impeachment da presidente Dilma, em tramitação na Câmara dos Deputados e o impeachment é apenas “um processo político que vai ter o seu final em no máximo, três ou quatro meses". Ele entende que há uma ansiedade muito grande em torno do processo e pediu calma à população. “É até difícil pedir isto, mas precisamos ter um pouco de calma para tomarmos essas decisões”, ponderou. O mato-grossense pediu ao governo e aos que defendem a presidente Dilma, para “não criarem ainda mais conflito no país neste momento, propagando que o processo é um golpe” pois isso 'só piora a situação econômica do Brasil e agrava ainda mais a crise".
No opinião do senador, golpe foi o que ocorreu na reeleição da presidente em 2014. “A presidente veio para a reeleição com uma proposta de dar continuidade às coisas que estavam andando, mostrando para uma direção e, ao ganhar as eleições, mudou totalmente o rumo e reconheceu que a situação não era uma situação tranquila”, criticou. Blairo diz que o governo perdeu a credibilidade "diante de tantas mentiras. Entendo que a credibilidade de alguém, a palavra empenhada, a palavra de um presidente, de um governador, de um prefeito, quando tem a aquiescência da sua população, tem crédito, diz um rumo e todos vamos trabalhar para aquele rumo, haja vista o que tem acontecido no Governo da Argentina, por exemplo, um país que está em condições econômicas muito piores do que o Brasil”.
Blairo acha que Dilma não tem condições de tirar o país da crise. “É preciso haver alguém que faça isso", acrescentou, através da assessoria.
Ele revelou que os parlamentares estão sendo cobrados pela sociedade para que assumam uma posição em relação ao impeachment. “Em Mato Grosso, na cidade de Cuiabá, temos visto que aqueles que não apoiam o impeachment já estão sendo cobrados em outdoors, de forma clara e explícita. Imagino que isso também deva estar acontecendo em outras capitais, em outras cidades do Brasil”.
Estão sendo questionados, por movimentos sociais, o senador Wellington Fagundes (PR), os deputados Carlos Bezerra (PMDB), Saguas Moraes (PT) e Valtenir Pereira (PMDB).