A secretária de Estado de Meio Ambiente, Ana Luiza Peterlini, que continua oficialmente à frente da Sema até sábado (2), faz um balanço positivo dos seus 15 meses de gestão apontando avanços em diversas áreas. Mesmo enfrentando um ano de crise, em que houve contingenciamento de recursos, ela atribui as conquistas em 2015 e no início deste ano, principalmente, ao empenho dos próprios servidores. “Foram meses de muita dedicação e intenso trabalho, em que mergulhei no interior de uma secretaria desacreditada e fragilizada, mas que na realidade, guardava verdadeiros tesouros escondidos, servidores comprometidos e dispostos a cumprir a missão institucional de defender o meio ambiente. Unida a estes servidores, e imbuída pelo espírito do Governo de Transformação, dei início a uma gestão transparente e dinâmica, disposta a transformar não só processos e procedimentos, mas pessoas”, frisa a gestora.
Em pouco mais de um ano ela destaca algumas ações que na opinião dela possuem relevância, como o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que põe Mato Grosso como vitrine para o país com um total de 88 mil imóveis cadastrados até o dia 20 do mês de março, número que representa 59 milhões de hectares e compreende 80% da área cadastrável do Estado. Outro exemplo de sucesso é implementação do Programa de Regularização Ambiental (PRA), que por meio do Decreto 420 que permitirá a regularização ambiental de todos os imóveis rurais do Estado que possuem passivos ambientais. “Isso nos coloca mais uma vez como referência nacional”, avalia Ana Luiza.
Ela faz questão de ressaltar também a viagem a Paris, no mês de dezembro, para participar da Conferência do Clima (COP 21) em que o Governo do Estado e parceiros lançaram o programa inédito e audacioso: Produzir, Conserva e Incluir (PCI), que visa zerar o desmatamento ilegal até 2020, e ao mesmo tempo, implantar, até 2030, um novo modelo de desenvolvimento para o Estado, incentivando o aumento de produção aliado à conservação florestal e inclusão socioeconômica da agricultura familiar e de populações tradicionais. “Foi uma honra participar desse momento histórico, representando meu país e o nosso Estado”.
Em relação a um dos gargalos da secretaria, o licenciamento ambiental, Ana Luiza afirma que as ações de planejamento e contratação de empresas especializadas na gestão de resultados já iniciaram os trabalhos de mapeamento, desenho e remodelagem de todos os processos e rotinas. “Nosso principal objetivo é reduzir o tempo de resposta para análise e resposta ao cidadão, além de tornar todo o processo 100% digital, feitos exclusivamente na internet, ou seja, a meta realmente é revolucionar a gestão ambiental e essa proposta continua com quem assumir a Sema por se tratar de uma prioridade de Governo.”
Ana Luiza Peterlini lamenta a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que interrompeu precocemente sua gestão frente à Secretaria de Meio Ambiente. Mas ela afirma que tomou a difícil decisão de voltar ‘para casa’, para o Ministério Público, onde continuará servindo ao Estado com a mesma dedicação. “Apesar de pouco, esse tempo que estive à frente da Sema foi intenso, o que me dá a certeza do dever cumprido.”
Ela agradece o convite do governador Pedro Taques, especialmente pela confiança e oportunidade de integrar a equipe de conhecer, também por poder conhecer, na essência, a dor e a alegria de se governar um Estado. “Tenho certeza de que sob o seu comando, Mato Grosso alçará grandes marcas que ficarão registradas para sempre na vida dos mato-grossenses”. Ela destaca ainda que nesse período aprendeu muito mais do que ensinou. “Foram momentos que me mostraram o quanto vale à pena se atirar à luta, mesmo que a vitória não seja certa.”
Promotora em Mato Grosso há 20 anos, dos quais 10 anos dedicados à área ambiental, Ana Luiza frisa que voltará muito mais motivada e fortalecida ao MPE. “Continuo a luta, agora em outra trincheira, mas com os mesmos compromissos e ideais, e na esperança de que Mato Grosso alcançará o caminho da sustentabilidade e da inclusão social.”
A informação é da assessoria.