O desembargador Luiz Ferreira da Silva, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), não aceitou estender os efeitos do habeas corpus que revogou a prisão do coronel da PM, José de Jesus Nunes Cordeiro, ao ex-secretário chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, que teve preventiva decretada sob as mesmas circunstâncias e cumprida na Operação Seven. A defesa de Nadaf, diante da decisão favorável ao ex-secretário adjunto de Administração, tentou “pegar carona”.
A Operação Seven foi deflagrada no dia 1º de fevereiro pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) para desarticular um esquema de corrupção no governo de Silval Barbosa (PMDB) envolvendo a compra de uma área com prejuízo de R$ 7 milhões aos cofres públicos. Ele, depois de ficar detido por mais de 45 dias, ganhou habeas corpus no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) no dia 16 deste mês e deixou a prisão.
Na Seven, foram decretadas 5 prisões preventivas contra Silval, Nadaf, Cordeiro, Afonso Dalberto (ex-presidente do Intermat) e o procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, conhecido por Chico Lima. Silval e Nadaf já estavam presos desde setembro de 2015 por causa da Operação Sodoma. Assim, o mandados da Seven contra eles foram cumpridos no Centro de Custódia da Capital.
Por enquanto, somente o ex-governador e o coronel José Cordeiro conseguiram habeas corpus revogando as prisões decretadas pela juíza Selma Rosane Santos Arruda, titular da 7ª Vara Criminal de Cuiabá. O coronel obteve uma liminar HC no dia 16 deste mês dada pelo desembargador Luiz Ferreira, relator do caso. Assim, os advogados de Nadaf protocolaram uma petição nesta quarta-feira (23) pedindo que extensão da liminar a Pedro Nadaf para revogar sua prisão preventiva.
O fato é que Silval e Cordeiro continuam presos por força de novos mandados de prisões preventivas decretadas contra eles na 3ª fase da Operação Sodoma deflagrada na última terça-feira (22). O coronel já estava em liberdade, mas diante da nova prisão se apresentou nesta quarta-feira, foi ouvido na Delegacia Fazendária e levado para uma cela no Batalhão de Operações Especiais (Bope).