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Delegado acusa Silval de ‘liderar quadrilha’ em esquema de propina de R$ 500 a R$ 700 mil mensais

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O delegado Lindomar Toffoli, da Delegacia Fazendária, explicou que o esquema de corrupção na secretaria de Estado de Administração, na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), envolvia o empresário Willians Paulo Mischur, dono da empresa Consigum, que mantinha contrato com o Estado e é acusado de pagar propina que variava de R$ 500 a R$ 700 mil por mês, durante de 2011 a 2014.

"Ele [Silval] tinha conhecimento de tudo o que estava acontecendo. E o pagamento do valor citado é referente de apenas uma empresa. O Silval era o chefe da quadrilha, isso está comprovado, porque seu chefe de gabinete o Silvio Corrêa sabia de tudo, teve negociações onde alguns depoimentos revelaram que Silval estava presente no mesmo ambiente em que a propina estava sendo negociada", explica o delegado.

A operação 'Sodoma 3', feita ontem e que resultou em novo mandado de prisão e Silval, o ex-secretário de Administração Pedro Elias e ao ex-chefe de gabinete Silvio Correa foi desdobramento da operação 'Sodoma 2'. Willlians Paulo Mischur contribuiu para que as investigações chegassem em outra modalidade de corrupção dentro da gestão do ex-governador. Ele foi preso na operação 'Sodoma 2', juntamente com o ex-secretário de Administração Cezar Zílio e o arquiteto do José da Costa Marques, há poucos dias.

Também foi cumprido mando de busca e apreensão de documentos na casa de Pedro Elias. “Neste contexto ingressa na situação Silval, vinculado a outra secretaria, um novo braço da organização criminosa identificado na SAD, a primeira vez com César Zilio e depois Pedro Elias”, disse o delegado.

O delegado afirma que muitas coisas ainda irão aparecer e outras pessoas serão investigadas por desvio de dinheiro público.

Sílvio Araújo e Pedro Elias foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) para realizar exames de corpo de delito e posteriormente foram detidos. Silvio Correa foi levado para o presídio do Carumbé e Elias para o Centro de Custódia, aonde estão presos, o ex-governador e os ex-secretários de Estado, Pedro Nadaf (Casa Civil) e Marcel de Cursi (Fazenda).

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