O governador de Mato Grosso, Pedro Taques, participou, esta tarde, da audiência com governadores, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. A proposta contém propostas estruturantes para reequilibrar as contas públicas da União e dos Estados no longo prazo e o governo que prevê o alongamento do prazo de pagamento das dívidas dos Estados com a União em 20 anos.
A proposta permite aos governadores ganhos na repactuação de suas dívidas. Serão 40% de desconto nas primeiras 24 prestações, 20 anos de renegociação e, nas dívidas com o BNDES, 10 anos. Ficou definido, no encontro de hoje, que o projeto vai para votação na próxima terça-feira, no plenário da Câmara.
Taques discorda da forma que o governo Dilma quer fazer a renegociação alegando que por mais 10 anos trava os investimentos necessários para garantir o crescimento do Estado. A adesão ao plano não será obrigatória e fica a critério de cada Estado. Pedro Taques destaca que o projeto, na forma em que foi apresentado, não ajuda Mato Grosso por conta das condições que serão impostas pelo governo federal para a concessão do benefício. Uma delas é a impossibilidade de contrair empréstimos novos para fazer investimentos.
Praticamente todos os governadores participaram das discussões. O vice-líder do PSDB na Câmara, Nilson Leitão, também esteve no encontro. "O governo federal trata os Estados com taxa de agiotagem. Deveria tratar as dívidas dos Estados como trata os empréstimos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para alguns com juros de 4% ao ano. A Câmara vai acelerar a votação desse projeto mas a indexação está alta. O certo seria cobrar apenas o principal sem juros e parcelar a longo prazo. O governo federal não pode continuar agindo como agiota", criticou, em entrevista ao Só Notícias.
(Atualizada às 18:21h)