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Juíza diz que organização supostamente comandada por Silval ainda é ativa

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No despacho em que decretou as prisões preventivas dos ex-secretários Cézar Roberto Zílio, Pedro Nadaf e Marcel Souza de Cursi, além de outras duas pessoas, a juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda, destacou não ter dúvidas de que a suposta organização criminosa que seria comandada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB) continua em atividade até os dias de hoje, um ano e dois meses após o fim do mandato do político à frente do Estado de Mato Grosso.

A magistrada ressaltou que as provas obtidas nas investigações das operações Sodoma 1 e 2 e Seven, mostraram que nem sempre a decretação de prisões é capaz de refrear a “sanha” das organizações criminosas, “eis que sempre restarão alguns membros soltos, capazes de intimidar testemunhas e/ou vítimas, como também, alterar e inovar artificiosamente estado de lugar, coisa ou pessoa, com o fito de inviabilizar a total elucidação dos fatos”.

Ao determinar a nova prisão para Nadaf e Cursi e a detenção do ex-secretário de Administração, a magistrada pontuou que a cada novo fato fica mais clara a existência da organização. “Tratam-se de pessoas, em sua maioria, já enredadas e apontadas como autoras de outros crimes desta natureza, envolvendo desvios milionários dos cofres públicos do Estado de Mato Grosso, que, ao que tudo indica, agiram em conjunto, com unidade de propósitos, de forma estável e duradoura, durante anos, cada um exercendo sua função para a consecução dos objetivos espúrios”.

Um detalhe que Selma emprega no despacho é que a suposta organização não se restringe a cometer os crimes a ela imputados, mas também depois, quando os integrantes vislumbram a possibilidade de serem descobertos. “Elaborou-se contratos fictícios, com valores que não correspondem sequer aos percentuais indicados, fazendo incluir pessoas que não participaram efetivamente das negociações, tudo na intenção clara de dificultar a descoberta da verdade, chegando mesmo a se utilizar do nome de pessoa já falecida, a saber Antelmo Zílio, pai de um dos ora apontados como membros da organização”, pontua Selma citando as tentativas do ex-secretário em dissimular a aquisição de um terreno, principal fato narrado na Operação Sodoma.

A juíza também enxergou indícios de que, além de tentar encobrir os crimes com documentos fictícios, a organização tenta cooptar as testemunhas, como ocorreu com o arquiteto José Costa Marques, que adquiriu em nome de Zílio a área em questão. Ao perceber que ele poderia revelar o que sabia para a polícia, o ex-secretário chegou a oferecer os serviços de seu advogado. “Ora, é óbvio que se a testemunha se vinculasse à mesma banca advocatícia que promove a defesa técnica da pessoa tida como chefe da organização, certamente estaria obrigada a seguir a linha de defesa imposta por eles. Isso implicaria, naturalmente, na blindagem da organização e de seus membros, especialmente da cúpula, tais sejam, os ora representados”.

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