O custo operacional efetivo do milho para a safra 2023/24, colhida recentemente, ficou em 140,11 sacas/hectare, de acordo com o Projeto Rentabilidade, Senar Mato Grosso. Assim, considerando o custo, a produtividade de 103,70 saca/hectare e o preço comercializado de R$ 32,52/saca, em agosto. O lucro, antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Lajida) do produtor modal ficou em -27,92 sacas/ha. Quando comparado com a safra 22/23, a diferença é de -75,12 sacas/ha.
“Para se ter ideia, a última vez que o Lajida ficou negativo foi na safra 17/18. No entanto, se o produtor aumentar o preço para R$ 37,52 saca/ha e obtiver um rendimento de 118,70 saca/ha é possível sair do “vermelho”, ficando com um Lajida de 5,34 saca/ha. Assim, já é esperado que o ciclo 2023/24 seja desafiador, sendo necessário que o produtor tenha seus custos na “ponta da caneta”, analisam os técnicos do IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).
“Aproveite as oportunidades de valorização no preço do cereal e relações de troca com insumos. Outro fator ainda indefinido, que pode influenciar no Lajida, é a produtividade das lavouras, que está em aberta”, concluem os analistas do instituto.