Em reunião com a presidente Dilma Rousseff, ontem, o governador Pedro Taques se manifestou contrário à recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), ainda que parte dos recursos sejam divididos com os Estados. A proposta de volta da contribuição foi enviada pelo governo federal ao Congresso Nacional.
Para Taques, não se deve aumentar impostos em momento de crise econômica como a enfrentada pelo país. “Sou contrário à CPMF, em momento de crise não se cria mais impostos, mesmo que eles sejam dividido com os Estados. Não vou vender minha consciência e nem a do cidadão que me levou ao cargo de governador por pequenas parcelas”.
O governador afirmou que no encontro, o ministro da Fazenda Nelson Barbosa, apresentou um estudo da União sobre o alongamento da dívida pública dos Estados. Segundo Taques, a proposta apresentada pelo governo contempla ainda os empréstimos feitos juntos ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A proposta da União será analisada pelas equipes técnicas das unidades da federação e o governador negou que a presidente tenha condicionado o alongamento da dívida à aprovação do projeto de recriação da CPMF pelo Congresso Nacional.
Na reunião com a presidente Dilma, além da dívida dos estados, Taques também cobrou do governo os repasses do Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX), referentes ao ano de 2015. “Nós precisamos de dinheiro novo. Como governador de um estado produtor, solicitei o pagamento do FEX que a União deve aos Estados. São quase R$ 4 bilhões e isso tem que ser pago, uma vez que os Estados estão com carência, inclusive para fechar as folhas de pagamento”, afirmou.
Ao todo, 24 governadores e três vice-governadores (MA, PA e BA) participaram da reunião com a presidente nesta sexta-feira.