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Lula conclui depoimento, deixa a Polícia Federal e vai para a sede do PT

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O Ministério Público Federal investiga doações e recursos de palestras totalizando R$ 30 milhões ex-presidente Lula, entre palestras e doações, de 5 grandes empreiteiras envolvidas no cartel da Petrobras, e foi conduzido coercivamente, esta manhã, pela Polícia Federal, para depor. Lula ficou na sede da PF, no aeroporto em Congonhas, por mais de três horas prestando depoimentos porque o MPF apontou que havia "muitas questões que ele precisa esclarecer". As buscas na casa de Lula terminaram no final da manhã.  Do aeroporto, ele seguiu até a sede do Partido dos Trabalhadores. O delegado Igor de Paula, da Polícia Federal, disse à GloboNews que Lula foi questionado sobre doações ao seu instituto, obras, e todos os assuntos que o envolvem na Operação Lava Jato. O depoimento foi tranquilo e o petista respondeu "algumas perguntas". O teor ainda não foi informado.

"Os favores são muitos e difíceis de quantificar. É possível quantificar as obras no tríplex e no sítio", informa o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima (foto), em Curitiba (PR), de onde foram expedidos, pelo juiz Sergio Moro, os mandados de condução e buscas. Há um inquérito que investiga o Instituto Lula e outro para apurar a empresa de palestras. "Não há nenhuma conclusão no momento, mas os indicativos eram suficientes", disse o procurador, ao explicar a expedição dos mandados. Ele afirmou também que "não há mandado de prisão". O MPF confirmou que houve quebra de sigilo bancário de Lula, mas o caso é confidencial. O procurador também disse que há indícios de destruição de provas dos casos que estão sendo investigados.

Os mandados de busca e apreensão chegaram ao juiz Sergio Moro, em Curitiba, "há cerca de 15 dias". O MPF reforçou que as investigações não tem reflexos com a notícia da delação premiada do senador Delcidio Amaral (PT-MS), que acusa Lula de tentar calar o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, cuja família teria recebido R$ 50 mil mensais (totalizando R$ 250 mil) para que não incriminasse o pecuarista José Bumlai e da presidente Dilma tentar influenciar ministros do STJ para soltar empreiteiros e políticos presos na operação Lava Jato.

Conforme Só Notícias já informou, a Polícia Federal e a Receita fizeram a operação conjunta, esta manhã, na casa de Lula, nas dos filhos, no Instituto Lula, na Odebrecht, empresa Game Corp (da qual Lulinha é sócio). A esposa de Lula, Marisa, também deve ser ouvida. O procurador Carlos Lima confirmou que não houve mandado de condução coercitiva para ela, "que permaneceu na casa acompanhando as buscas". Ele não confirmou que houve pedidos de prisão do ex-presidente, que também estão sendo ouvidos. O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, foi conduzido para depor.

O procurador disse que o Instituto Lula, que tem caráter beneficiente, fez repasses financeiros para empresas do filho do ex-presidente e estão sendo investigadas.

Ele afirmou ainda que o MPF está investigando se os desvios de recurso na Petrobras, organizados por José Dirceu, eram do conhecimento do ex-presidente Lula. "O governo dele (Lula) foi beneficiado pelo caso de corrupção na Petrobras porque houve compra de apoio político", disse.

Também foi confirmado que José di Filippi Júnior, que foi tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2010, também foi levado à sede da PF na Lapa, esta manhã. Ele é ex-prefeito de Diadema e ex-secretário da saúde na gestão Fernando Haddad (PT).

A Polícia Federal colocou nome na operação de hoje de Aletheia, termo grego que significa "verdade", "realidade".

Outro lado
O PT divulgou nota criticando a decisão de conduzir Lula para depor: "A condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva representa um ataque à democracia e à Constituição. Trata-se de novo e indigno capítulo na escalada golpista que busca desestabilizar o governo da presidente Dilma Rousseff, criminalizar o Partido dos Trabalhadores e combater o principal líder do povo brasileiro.

(Atualizada às 12:20h)

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