O deputado estadual Pedro Satélite não deve se filiar ao PSDB. Ao Só Notícias, o parlamentar explicou que havia firmado um compromisso com o presidente tucano no Estado, deputado federal Nilson Leitão, mas que, a pedido do governador Pedro Taques, decidiu permanecer no PSD, sigla comandada pelo vice Carlos Fávaro. “Eu pretendia cumprir quando abrisse a janela partidária. Porém, me pediram para acompanhar o Fávaro na reestruturação do PSD. Eu tinha um bom relacionamento com o ministro das Cidades, Gilberto Kassab (presidente nacional do partido), e poderia ajudar”, afirmou.
O deputado avaliou que o PSD não sofreu impacto diante da prisão, por suposto envolvimento em vários crimes, do ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva, que esteve a frente da sigla no Estado até pouco tempo atrás. “Veja bem, o Riva resolvia mais que o Blairo Maggi e o Silval Barbosa (PMDB) como governadores. Tudo que acontecia, passava por ele. Ele que ajudava os municípios. Os demais não tinham este direito. Hoje, a coisa mudou. Temos 24 deputados com independência total por parte do presidente Guilherme Maluf (PSDB). É um novo momento para a política. Não desestabiliza. O partido é composto por homens. Sobre o Riva, se ele deve, terá que pagar”.
Satélite ainda estimou que o PSD entrará forte nas próximas eleições municipais em Mato Grosso. A previsão é ingressar com candidaturas próprias em mais de 80 cidades. “O partido está em boas mãos. Estamos, neste momento, reestruturando em mais de 25 municípios da região Norte. Filiando mais pessoas e criando novas executivas. Acredito que, na maioria, o PSD terá candidato a prefeito neste pleito de 2016”.
Atualmente, o PSD conta com 43 prefeitos no exercício dos mandatos, dos quais, 35 devem ser candidatos a reeleição e outros 40, 45, nomes já foram colocados como eventuais candidatos a prefeito. Na Assembleia, além de Satélite, também são filiados ao PSD os deputados José Domingos Fraga, Pedro Satélite e Gilmar Fabris. Há ainda a possibilidade dos deputados Wagner Ramos e Ondanir Bortolini, o “Nininho”, ambos ligados ao PR, se filiarem ao PSD.