O parecer do Ministério Público Eleitoral que pede a revisão da decisão de arquivamento de inquérito que apura violência política de gênero ocorrido na câmara de Lucas do Rio Verde, foi acolhido pelo Tribunal Regional Eleitoral. Agora, o arquivamento do inquérito contra o vereador Marcos Paulista será revisado pelo Ministério Público Federal. A vereadora Ideiva Rasia Foletto, suposta vítima, entrou com mandado de segurança no TRE buscando reverter sentença do juiz eleitoral de Lucas, que havia homologado a decisão do promotor de arquivar o inquérito que apura a conduta do vereador Marcos pela prática, em tese, do crime de violência política de gênero. No parecer, o MP Eleitoral menciona que a imunidade parlamentar não pode ser utilizada como escudo para a prática de crime e que o fato “refere-se, em tese, ao crime de violência política de gênero. Os elementos de prova existentes nos autos demonstram que a conduta imputada ao vereador excedeu suas prerrogativas funcionais”, aponta o procurador regional Eleitoral, Erich Raphael Masson. O MPF cita que Marcos Paulista, em debate na câmara, além de xingamentos contra a vereadora utilizou a expressão “testosterona avançada” – hormônio produzido em maior quantidade por homens – buscando estabelecer o reduto político como exclusivamente masculino.