O Governo do Estado possui atualmente 78 mil inscritos na folha de pagamento entre servidores ativos, inativos e pensionistas, totalizando cerca de R$ 500 milhões por mês. Deste montante, apenas 1% é gasto com servidores comissionados no Estado, ou seja, cerca de R$ 5 milhões. Do total de cargos comissionados, 77% são ocupados por servidores de carreira.
Os dados foram apresentados, ontem, pelo secretário de Estado de Gestão, Júlio Modesto, durante reunião do governador Pedro Taques com o Fórum Sindical, no Palácio Paiaguás. O gasto com servidores comissionados foi um dos questionamentos levantados pelo Fórum Sindical em reuniões anteriormente realizadas para discutir as datas de pagamentos de salários e de 13º.
O secretário explicou que, se caso o governo fosse reduzir 20% dos cargos comissionados isso iria representar apenas 0,2% do total da folha de pagamento. “O que queremos demonstrar com isso é que o número de servidores comissionados hoje existente no Estado não interfere na questão da extrapolação da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas caso haja a necessidade poderemos fazer a redução”, disse o secretário durante a reunião com o Fórum.
Os dados também apontam que dos 6.295 cargos comissionados existentes no governo, 77% deles são preenchidos por servidores de carreira em função de chefia e apenas 23% são exclusivamente comissionados.
De acordo com o secretário, historicamente este é o maior número de servidores de carreira ocupando cargos comissionados no Estado. “Isto demonstra mais uma vez a preocupação do Estado em dar continuidade às ações de governo, pois com um servidor de carreira à frente da ação, em cargo de chefia, a continuidade está garantida. São servidores concursados que ocupam cargos de secretários-adjuntos, de superintendentes, gerentes e coordenadores”.
Modesto disse ainda que o Governo do Estado reconhece o empenho dos servidores e que pretende valorizar ainda mais o trabalho deles na administração estadual. “O servidor público é o que o Estado tem de mais especial. E temos vários projetos para melhorar a qualidade de vida e de trabalho desses servidores, em reconhecimento ao que eles fazem por nossa população diariamente”, frisou o secretário. “Algumas prefeituras tomaram algumas decisões radicais e exoneraram todos os servidores, ficando apenas o prefeito e mais alguns, mas isto é coisa que não faremos. Tudo o que está sendo pensado aqui é para garantir o essencial, que é o pagamento da folha religiosamente em dia. E este é o nosso desafio para 2016”.