O deputado estadual Wilson Santos (PSDB) e o ex-prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), são alvo de investigação do Ministério Público Estadual (MPE) por supostas irregularidades na condução e execução do Programa Poeira Zero, lançado na gestão de Galindo (foto). Santos, ex-prefeito da capital, rebateu na noite de ontem as acusações ao afirmar que as suspeitas não se referem ao período da sua administração.
“Nunca fez parte da minha gestão. Essa denúncia deve ter partido de algum demente. O Ministério Público que vá a fundo nas investigações. Mas espero que apresente documentos, provas. Estou à disposição para repassar informações, mas não admito acusações levianas. Tenho uma vida pública marcada pela lisura na condução dos atos. Tive seis contas aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado e 12 contas aprovadas pela Justiça Eleitoral. Não vou permitir que minha honra seja atingida sem provas”, asseverou da Tribuna do Poder Legislativo.
As investigações estão sendo conduzidas pelo promotor André Luís de Almeida. Consta que a investigação tem como base depoimentos de empresários, que teriam denunciado suposto esquema de pagamento de propina. Uma empreiteira teria participado de triangulações sob a tutela do ex-secretário de Estado, Eder Moraes, pivô na Operação Ararath.
Santos e Galindo são acusados de terem supostamente concordado em superfaturar notas fiscais de medições realizadas durante a execução de obras do Programa Poeira Zero. O valor excedente, conforme denúncia de um empresário, seria repassado para os gestores públicos. Em 2011, teriam sido retirados de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões, via cheques administrativos, endossados por um sócio da empresa contratada para realização das obras. Wilson Santos aguarda manifestação oficial do MP para apresentar sua defesa.