A 1ª Vara Criminal de Rondonópolis recebeu a denúncia da 6ª promotoria de justiça contra João Vitor Barbosa da Cruz, de 21 anos, por dois homicídios qualificados e três tentados, durante acidente de trânsito, por dirigir sem Carteira Nacional de Habilitação e por conduzir veículo furtado, em julho, na Alameda das Papoulas. Ele está preso em Primavera do Leste. Conforme a denúncia, “ciente da ilicitude e reprovabilidade de sua conduta, agindo com dolo eventual, por motivo torpe, com emprego de meio que resultou em perigo comum e mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, assumindo o risco gerado por tais atos, João Vitor matou as vítimas Ysabela Raiane Rodrigues dos Santos (7 anos) e Brenda Raquely Rodrigues dos Santos (9 anos)”, informa o MP.
O denunciado deve responder ainda por homicídio tentado, com as mesmas qualificadoras, contra as vítimas Isabel Vanessa dos Santos, 37 anos, Paulo Eduardo Vidal dos Santos, 39 anos e Luiz Eduardo Rodrigue dos Santos, 9 anos. João dirigia uma camionete Amarok, em velocidade incompatível para o local, sem observar a preferência de trânsito e, assumindo o risco gerado por tais atos.
De acordo com a investigação, ao ver a camionete furtada dirigida por João Vitor, policiais militares mandaram parar e, diante da fuga dele, iniciaram a perseguição. O ladrão avançou cruzamento e atingiu veículo Gol, que trafegava na preferencial, onde estava a família, causando as mortes das crianças (irmãs). Três vítimas foram imediatamente encaminhadas para atendimento médico.
“O denunciado João Vitor Barbosa da Cruz assumiu o risco de provocar o acidente e aceitou o resultado morte, agindo, portanto, com dolo eventual, ao: conduzir veículo automotor com registro de furto sem Carteira Nacional de Habilitação; conduzir veículo automotor em alta velocidade em via de grande movimentação; dirigir em período noturno; trafegar sem respeitar a sinalização e sem observar a preferência de trânsito por longo período de tempo e por diversas vias; desrespeitar a ordem de parada da Polícia Militar; e empreender fuga do local logo após os fatos”, finalizou o promotor de Justiça Fernando de Almeida Bosso.