A Comissão Parlamentar de Inquérito instalada na câmara para investigar a suposta quebra de decoro do prefeito Emanuel Pinheiro, acusado de receber massos de dinheiro na gestão do ex-governador Silval Barbosa, decidiu hoje que os depoimentos serão colhidos à portas fechadas. Os vereadores que não compõem a comissão e a imprensa não poderão acompanhar as explicações que Emanuel deve dar, nem dos demais convocados pela CPI do Paletó.
“Eu sou inteiramente contrário a essa decisão tomada pelos vereadores que compõem a CPI, principalmente, porque claramente são violados os princípios da publicidade e transparência dos atos públicos. A população cuiabana tem direito de acompanhar cada fase da CPI, assim como nós vereadores não podemos ser impedidos de dar publicidade a um ato, que por excelência deve público”, criticou o vereador Gilberto Figueiredo (PSB), um dos autores do requerimento instalar a comissão. As oitavas devem iniciar-se nos próximos dias.
Figueiredo revelou que caso a decisão prevaleça, entrará com um mandado de segurança, que já conta com apoio de outros parlamentares para garantir que o direito da publicidade e transparência não sejam cerceados pela decisão estrategista da comissão processante. “É impressionante as manobras espúrias que forças contrárias ao interesse público empenham para diminuir a publicidade e elucidação dos fatos. Enquanto alguns membros da base aliada ficarem presos a este tipo de politicagem ultrapassada, Cuiabá não vai caminhar rumo ao desenvolvimento”, criticou, através da assessoria.