Estão em andamento as obras dos primeiros quilômetros da Ferrovia de Integração Estadual de Mato Grosso. O cronograma para a construção dos trilhos, que ajudará a promover o desenvolvimento da economia promovendo competitividade do setor produtivo mato-grossenses, foi apresentado pela empresa Rumo, na sede Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), hoje, na reunião com representantes do Governo do Estado e dos setores da construção civil, construção pesada, vestuário e alimentação, entre outros.
Conforme o cronograma, até o fim de 2025, o trecho entre Rondonópolis e Campo Verde deve estar concluído, com um total de 210 km de ferrovia até a capital. O primeiro viaduto por onde passarão os trens foi concluído, em Rondonópolis, recentemente.
O vice-presidente da Fiemt, Edgar Borges, destacou a importância da obra para o setor produtivo de Mato Grosso. “A indústria não vê a hora dessa ferrovia estar pronta. É o investimento que está próximo da realidade e vai trazer muitos benefícios para toda a economia mato-grossense, aproximando a produção dos portos de escoamento, reduzindo custos e dando condições de competitividade das empresas instaladas no estado”.
Além do aumento de competitividade para o setor produtivo do estado, o estágio de construção também é importante momento para o estado, com aquecimento do setor de construção pesada e outros segmentos correlacionados. Durante o encontro, a Rumo informou que o consórcio “Ferrovia Lucas do Rio Verde”, formado por três empreiteiras foi contratado para fazer os 34 km iniciais de ferrovia.
Duas empreiteiras (uma sedida em Mato Grosso) estão contratadas para iniciar duas pontes ou viadutos ferroviários. Os outros trechos serão liberados conforme emissão de licença de instalação e elaboração do projeto executivo, etapa em que o ramal de Cuiabá se encontra.
O diretor de Suprimentos da Rumo, Felipe Bertoncelo, destacou que uma obra dessa magnitude movimenta diversos outros fornecedores e que a empresa tem uma política de desenvolvimento de setores locais. Durante a reunião, foi apresentada uma plataforma para mapeamento de fornecedores.
Entre os setores que as empresas contratadas devem terceirizar estão alimentação, vestuário, vigilância armada, transporte de pessoas, banheiros químicos, EPI’s, coleta seletiva, pré-moldados, plantio de gramas, ferramentas, materiais de limpeza, materiais de escritório, entre outros. A empresa disponibilizou online um cadastro de fornecedores.
No total, a ferrovia que irá ligar Rondonópolis a Lucas do Rio Verde e Cuiabá tem 743 km de extensão e 48 obras de artes especiais. Estão previstos 215 milhões de m³ de movimentação de terras, 1,4 milhão m³ de concreto, com previsão de término das obras em 2030.
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