A juíza da 6ª Vara Criminal de Cuiabá, Suzana Guimarães Ribeiro, converteu em preventiva a prisão em flagrante do ex-policial militar acusado de matar a advogada Cristiane Castrillon da Fonseca Tirloni, 48 anos. A vítima foi encontrada ontem à tarde no próprio veículo, no bairro Parque das Águas, na capital. A Polícia Civil informou que ela apresentava várias lesões aparentes por espancamento e foi morta por asfixia.
O suspeito, de 49 anos, “que a vítima havia conhecido no dia do crime”, foi autuado em flagrante por feminicídio. As investigações iniciaram por volta das 15 horas, após equipe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) ser acionada para realizar a liberação do corpo de Cristiane em um hospital, para onde foi levado pelo irmão, por volta das 14h25, já sem vida.
A polícia informou que a vítima passou o sábado à tarde “em um churrasco com a família e amigos e, por volta das 22 horas, foi com o seu carro até um bar, nas proximidades da Arena Pantanal. No local, a vítima conheceu um homem com quem teria deixado o local, por volta das 23h30. Após o fato, os familiares não conseguiram mais contato” com ela, que também não dormiu em casa. O irmão acessou um aplicativo que indicou que o celular dela estaria no Parque das Águas. No local, o corpo foi encontrado dentro do seu veículo Jeep, no banco do passageiro, já sem vida, sendo encaminhada ao hospital.
Os policiais iniciaram as investigações chegando até o último local em que a vítima esteve, antes da morte, uma residência no bairro Santa Amália. As imagens de câmeras de segurança registraram o veículo de Cristiane saindo ontem de manhã, com o suspeito na direção.
Os policiais abordaram o ex-PM em casa. Ele confessou ter dormido com a vítima, porém, apresentou diversas contradições sobre os fatos posteriores e o envolvimento no crime de feminicídio. Na casa, as equipes do DHPP, do Instituto Médico Legal (IML) e da Criminalística colheram diversos indícios da autoria do suspeito no crime.
Ele foi conduzido à DHPP, interrogado hoje de manhã, pelos delegados Marcel Gomes de Oliveira e Ricardo Franco, e autuado em flagrante por feminicídio. “Foi um crime bárbaro que ficou caracterizado pelo feminicídio praticado em razão do gênero da vítima, sendo a vítima espancada e asfixiada até a morte pelo fato de ser mulher”, disse, através da assessoria, o delegado Marcel Oliveira. O acusado nega o crime.
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