O Santos sofreu, mas conseguiu arrancar o empate em 1 a 1 com o Athletico-PR na marra neste sábado, na Vila Belmiro, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Furacão abriu o placar com Pablo no primeiro tempo. Já o Peixe deixou tudo igual nos acréscimos da etapa complementar com Marcos Leonardo, graças à intervenção do VAR, que acusou toque de mão de Thiago Heleno dentro da área, marcando pênalti para o Peixe.
Com o resultado, o Santos chegou ao quarto jogo seguido sem vitória na atual temporada, mas ao menos evitou mais uma derrota em um momento de profunda crise no clube pela falta de desempenho e também pela saída do coordenador esportivo Paulo Roberto Falcão.
O Athletico-PR, por sua vez, entrou provisoriamente no G6 do Campeonato Brasileiro e pode terminar a rodada na zona de classificação para a próxima edição da Libertadores, embora tenha atuado com um time alternativo neste sábado devido ao jogo de volta das oitavas de final da Libertadores, contra o Bolívar, na próxima terça-feira.
O Santos teve o domínio do primeiro tempo. O time comandado pelo técnico Paulo Turra foi quem mais ficou com a posse de bola e tentou atacar o adversário a todo momento, mas esbarrou na falta de organização tática para converter essa superioridade em gols. O Athletico-PR, por sua vez, tinha tudo o que o Peixe não tinha: ideias de jogo bem consolidadas e, acima de tudo, eficiência.
Justamente por isso, foi o Furacão quem teve as melhores chances do primeiro tempo, mesmo não tendo o domínio das ações ofensivas. Logo aos dez minutos, por exemplo, Pablo recebeu na entrada da área, dominou e bateu buscando o ângulo, mandando pouco acima do travessão de João Paulo.
Pablo, aliás, foi a principal arma ofensiva do Athletico-PR. O atacante foi o responsável por abrir o placar aos 30 minutos, recebendo ótimo passe de Fernandinho e batendo forte, cruzado, sem chances para João Paulo.
Antes do apito final, o Athletico-PR por pouco não ampliou com uma assistência de Pablo, que recebeu dentro da área e levantou no segundo pau para Madson chegar cabeceando, obrigando João Paulo a fazer grande defesa para evitar o segundo gol dos visitantes.
Mesmo atuando com um time alternativo devido ao jogo da próxima terça-feira contra o Bolívar, pelas oitavas de final da Libertadores, o Athletico-PR voltou para o segundo tempo mais ofensivo, com Canobbio na vaga do veterano Fernandinho.
Posteriormente, Vitor Bueno e Vitor Roque, dois titulares da equipe de Wesley Carvalho, foram a campo nas vagas de Zapelli e Marcelo Cirino, reforçando ainda mais o Furacão, que não sofria com as investidas do Santos. O técnico Paulo Turra, por sua vez, também decidiu colocar o time para frente, tirando o volante Dodi para promover a entrada do atacante Julio Furch.
Fato é que nem mesmo as alterações promovidas pelos dois times fizeram com que o placar mudasse na Vila Belmiro. A tônica do jogo continuou a mesma: Santos ficou mais com a bola, e o Athletico-PR, mais bem postado, apenas administrou a vantagem até os acréscimos do segundo tempo, quando, após revisão do VAR, o árbitro marcou pênalti a favor do Peixe após toque de mão de Thiago Heleno dentro da área. Marcos Leonardo foi para a cobrança e não desperdiçou, salvando a tarde que vinha tomando contornos trágicos para os donos da casa.